Dados divulgados hoje (29), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) mostram que o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) subiu 1,8 pontos entre outubro e novembro deste ano, ao passar de 111 pontos para 112,8 pontos.

Na avaliação da FGV, a alta pode ser interpretada como um movimento de acomodação após o indicador ter recuado 31,5 pontos ao longo dos cinco meses anteriores. Mas, se por um lado “parece que a tempestade passou”, por outro, “a bonança está longe de chegar”.

Para o economista Pedro Costa Ferreira “o fim da recessão econômica , a confiança de que o atual presidente terminará o seu mandato trazem algum alívio ao sentimento de insegurança”. 

Ele chama a atenção,  para o fato de que “as dificuldades para aprovar as reformas estruturantes, o desequilíbrio fiscal e as divisões político-partidárias mostram que ainda é cedo para sair do estado de alerta. Estes  fatos refletem no resultado do Indicador de Incerteza da Economia, em novembro”.

Influências

O Indicador de Incerteza da Economia Brasil revela que a alta do IIE-Br em novembro foi determinada pela mídia e mercado, uma vez que o IIE-Br Expectativa fechou o mês em queda.

Enquanto o IIE-Br mídia registrou elevação de 1,8 ponto no mês, contribuindo com 1,5 ponto para o comportamento do índice geral; e o IIE-Br mercado avançou 3,1 pontos com contribuição de 0,4 ponto; o IIE-Br Expectativa recuou 0,4 ponto, contribuindo com -0,1 ponto para a queda, sendo o único componente com esse comportamento no mês de novembro.