29/11/2017 - 17:41
A relação dos consumidores com as instituições financeiras tem mudado ao longo dos últimos anos. A urgência por praticidade, rapidez e eficácia nos serviços adquiridos, faz com que boa parte das pessoas opte por migrar dos serviços prestados pelos bancos tradicionais para os serviços prestados em plataformas on-line.
Com isso, a tendência é que os bancos, da forma como conhecemos hoje, acabem se tornando obsoletos, sendo obrigados a se reinventarem, sob risco de perderem cada vez mais espaço e clientes para os novos modelos de instituições que unem tecnologia e inovação em favor do consumidor. Exemplo dessa nova linha de atuação são as fintechs – não apenas pela tecnologia empregada em seus serviços, mas graças às vantagens operacionais que oferecem e pela capacidade de simplificar processos.
Isso faz com que elas atraiam cada vez mais atenção: de acordo com uma publicação do Conexão Fintech, em 2016, os investimentos nesse tipo de empresa ultrapassaram os US$ 22 bilhões em todo o mundo. Só no Brasil, os investimentos em novas fintechs ultrapassaram R$ 500 milhões.
Uma pesquisa analisada pela consultoria Capgemini, também em 2016, mostra que o número de pessoas que têm utilizado produtos ou serviços provenientes de fintechs tem crescido consideravelmente. Das 16 mil pessoas pesquisadas em todo o mundo, 63% disseram ser consumidores deste tipo de serviço. Deste total, 55% indicariam seus serviços a amigos e familiares, enquanto apenas 38% indicaria os serviços de seus bancos.
No Brasil, o número de consumidores de produtos financeiros ou de serviços ofertados por fintechs chega a 74%, sendo que desse total 69% indicariam seus serviços a amigos e familiares. Entre os principais motivos para isso, os consumidores apontam que a facilidade de uso, a rapidez dos serviços e a experiência positiva do cliente como os principais motivadores para consumir produtos ofertados pelas fintechs.
Não se trata apenas de desburocratizar processos, mas de oferecer alternativas para driblar as taxas exorbitantes cobradas pelos bancos: hoje, o Brasil tem um dos juros mais altos do planeta. Isso impossibilita que o brasileiro comum possa recorrer aos serviços bancários quando necessário.
Apostando nessa nova tendência mundial e com o objetivo de gerar uma ação com grande impacto social, lançamos, recentemente, o Social Bank, uma empresa de serviços financeiros que permite que as pessoas realizem qualquer tipo de transação entre si a partir de uma conta digital de pagamento. Isso significa democratizar o acesso às instituições financeiras e promover o bem colaborativo por meio de um aplicativo.
O Social Bank é um conceito de negócios revolucionário, já que a tecnologia mudou a forma de fazer negócios. Cada vez que vou à China, fico impressionado como os chineses transferem dinheiro de um celular para o outro. Felizmente hoje posso dizer que por meio do Social Bank, sou pioneiro ao apresentar essa comodidade aos brasileiros. Além de oferecer serviços a todos que já possuem contas bancárias, também atendemos milhares de pessoas que, por uma série de motivos, ou estão à margem do setor bancário tradicional ou não são suficientemente atendidas por ele.
O segmento bancário mudará drasticamente nos próximos anos. As pessoas irão cada vez menos às agências bancárias e irão resolver suas necessidades financeiras com um celular na palma da mão. O que pretendemos é conectar pessoas e transformar o relacionamento com o dinheiro em algo mais saudável, humano e sem intermediários, o Social Bank possibilita empréstimos entre pessoas onde seus clientes podem apoiar-se financeiramente emprestando recursos com juros que variam de 1% a 2% ao mês. Outra opção é adquirir empréstimos com juros de 0,5% e valor indeterminado por pessoa.
Esta é uma forma mostrar que é possível praticar no Brasil taxas de juros mais condizentes com a realidade internacional, com taxas mais justas e humanas que desempenharão um importante papel social.