15/12/2017 - 15:35
A Prefeitura de São Paulo apresentou nesta sexta-feira, 15, aos professores da rede municipal o currículo que será seguido nas escolas para os alunos do ensino fundamental (do 1º ao 9º ano). O documento foi apresentado no mesmo dia em que o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou a versão final da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que agora segue para homologação pelo Ministério da Educação (MEC). A base prevê o que deve ser ensinado em cada ano escolar em todas as escolas do País.
O currículo paulistano traz novidades em relação à diretriz nacional, com objetivos de aprendizado que envolvem a identidade de gênero, conteúdos de tecnologia e orientações didáticas e materiais de apoio para os professores. O currículo já passará a vigorar nas escolas no próximo ano.
“Nosso currículo inova quando a gente coloca as orientações didáticas juntas com os ODSs [objetivos de desenvolvimento]. Para nós, o aluno que a gente quer formar não é diferente daquilo que ele tem que aprender, a gente precisa superar essa dicotomia”, disse Alexandre Schneider, secretário municipal de Educação. O currículo será adotado em 550 escolas para 400 mil alunos.
O documento ainda prevê as chamadas habilidades socioemocionais, que incluem criatividade, empatia e abertura à diversidade, por exemplo. O novo currículo menciona nove competências com características socioemocionais. Além de nomear a habilidade, o texto indica para o que ela serve.
Os alunos terão aulas de programação e letramento digital a partir do 1º ano do ensino fundamental, em que serão abordados temas como ética nas redes sociais e cultura maker. O secretário anunciou que foram comprados 96 mil computadores novas que serão entregues em todas as escolas da rede no ano que vem para que a parte de tecnologia do currículo possa ser trabalhada.
O currículo de São Paulo manteve o ciclo de alfabetização nos três primeiros anos, mas colocou como meta garantir que todos estejam alfabetizados até o fim do 2º ano.
Diferentemente da BNCC, o documento da rede municipal não aborda a educação infantil (creche e pré-escola), que, segundo Schneider, será discutido posteriormente.