A liberação mais R$ 5,003 bilhões no Orçamento de 2017 foi possível graças à redução na projeção de despesas obrigatórias a serem feitas este ano. Segundo o Ministério do Planejamento, esses gastos serão R$ 4,566 bilhões menores do que a estimativa anterior. Já nas receitas, houve incremento líquido de R$ 436,9 milhões nas projeções do governo.

A maior redução nas despesas obrigatórias foi observada nos subsídios e subvenções, com diminuição de R$ 2,944 bilhões. O governo também diminuiu em R$ 1,292 bilhão a previsão de despesas com créditos extraordinários. Os gastos com abono e seguro desemprego, por sua vez, foram revisados para menor em R$ 678,2 milhões.

O Planejamento também diminuiu a previsão de demais despesas obrigatórias, em R$ 158,4 milhões, e com despesas com controle de fluxo do Poder Executivo, em R$ 50,9 milhões.

Por outro lado, houve incremento na estimativa de despesas com benefícios previdenciários, em R$ 274,6 milhões, e com o complemento do FGTS, de R$ 232,5 milhões.

Em termos de arrecadação, o governo aproveitou para incorporar o resultado acima do previsto em novembro nos tributos administrados pela Receita Federal (R$ 2,458 bilhões), nas receitas previdenciárias (R$ 468,9 milhões) e nas receitas não administradas (R$ 669,0 milhões).

Algumas baixas, no entanto, acabaram atenuando esse resultado positivo, como a redução na expectativa de arrecadação de operações com ativos, que gerou reprogramação nas receitas do Fundo Soberano do Brasil (FSB) em R$ 2,287 bilhões. A estimativa de receitas próprias também caiu R$ 1,287 bilhão.

O governo ainda reduziu a previsão de arrecadação com dividendos em R$ 705,7 milhões.