20/01/2018 - 9:01
A eficácia da vacina contra a febre amarela é de 98%, mas é preciso sempre conversar com o médico sobre contraindicações, alerta Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Ela ressalta também que a vacina fracionada, que será amplamente usada agora, não vale para menores de 2 anos. Três pessoas morreram no Estado de São Paulo por reações à vacina.
Para quem a vacina da febre amarela é recomendada?
Ela é indicada para todas as pessoas com mais de 9 meses de idade que vão ou moram nas regiões de risco.
Quem não pode tomar?
Crianças com menos de 6 meses e mulheres que estejam amamentando bebês com menos de 6 meses, pois transferem o vírus da vacina para o bebê pelo aleitamento. No caso dos imunodeprimidos, é importante conversar com o médico, porque há uma lista grande. Uma pessoa com o vírus HIV não obrigatoriamente é imunodeprimida – pode ter o vírus e não ser. Também não pode ser vacinado quem teve choque anafilático por causa de ovo de galinha.
Quais grupos precisam avaliar a necessidade de vacina?
Pacientes com mais de 60 anos são um exemplo de grupo de precaução e não de contraindicação. A vacina da febre amarela é muito segura, mas pode causar um evento adverso, o que é muito raro. Se existe o risco de ter esse efeito e não o de contrair a doença, não deve vacinar. Outro grupo é o das gestantes.
Qual a eficácia da vacina?
A eficácia geral é de 98%. Os 2% que não respondem, em sua maioria, são pessoas que têm doenças crônicas. Para crianças com menos de 2 anos, a eficácia fica entre 86% e 90%, e por isso a dose fracionada será dada para pessoas maiores de 2 anos. Nesse momento, o ideal é que essas crianças menores evitem lugares com circulação do vírus. Se precisar ir, deve-se conversar com o pediatra para verificar o uso de repelentes adequados.
A vacina fracionada é diferente da integral? Quais as diferenças?
Os estudos mostraram que a dose fracionada é tão eficaz e segura quanto a dose padrão. A diferença é que, em adultos, a fracionada tem proteção por oito anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.