18/02/2018 - 22:28
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, evitou entrar na polêmica sobre as declarações do diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, que em entrevista à Reuters, no dia 9, disse que as provas contra o presidente Michel Temer na investigação sobre o decreto dos Portos são frágeis e indicou que o inquérito deveria ser arquivado.
“A Polícia Federal tem um lado constitucional fundamental, ela é a Polícia Federal do Poder Judiciário. Ou seja, enquanto Polícia Judiciária, a PF se reporta aos juízes federais e aos tribunais federais, e não ao Ministério da Justiça”, afirmou Torquato. “A matéria versada pelo delegado Segovia tem a ver com esse lado constitucional, e é uma linha constitucional que eu não atravesso”, completou Torquato, ao lado de Segovia.
Os dois acompanharam na noite deste domingo, 18, o envio de uma força-tarefa para auxiliar na segurança do Ceará, na base aérea de Brasília. Segovia – que amanhã terá de prestar esclarecimentos sobre sua fala ao Supremo Tribunal Federal – não quis dar declarações.