O interventor federal na segurança do Rio, general Walter Braga Netto, disse nesta terça-feira, 27, que o “Rio é um laboratório para o Brasil” no que diz respeito à integração das forças de segurança federais e estaduais, e que em seu gabinete há representantes de todos os órgãos do setor. Ele afirmou que a intervenção fará um “trabalho de gestão” da segurança pública, uma “janela de oportunidades” para o Estado e garantiu que não está prevista ocupação permanente de favelas conflagradas.

Sobre o combate à corrupção, que seria uma tônica da intervenção, afirmou que a meta “é fortalecer as corregedorias e tomar todas as medidas para que o mau policial seja penalizado”. Outro objetivo é devolver credibilidade ao bom policial. Os recursos utilizados são os do Estado, e o pagamento de salários atrasados é uma prioridade.

Segundo o general, que deu rápida entrevista coletiva pela manhã, o foco da missão é recuperar “a capacidade operativa dos órgãos de segurança pública e baixar os índices de criminalidade de todo o Estado”. Ele disse também que “a estrutura da segurança pública do Rio de Janeiro permanece a mesma” e que as ações ainda estão “em fase de estudos”.

“As Forças Armadas dão suporte para a polícia entrar na comunidade. Caberá a Polícia Civil com a ordem entrar para cumprir seu papel de captura”, afirmou.

“A segurança pública do Rio de Janeiro não deixou de existir, ela passou por dificuldades. Num primeiro momento toda a sistemática da segurança no Rio vai ser mantida (sobre Unidades de Polícia Pacificadora, criadas em 2008 para retirar traficantes das favelas). As UPPs permanecem, mas temos uma necessidade de redirecionamento nessa área”, disse ainda, ressaltando que não haverá mudança nas dinâmicas das operações neste momento.