28/02/2018 - 9:27
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a afirmar nesta quarta-feira, 28, que a reforma da Previdência terá que, inevitavelmente, voltar a ser debatida após a intervenção Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro.
De acordo com Meirelles, que concedeu uma entrevista de 25 minutos à Rádio Paiquerê AM, de Londrina (PR), 80% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro será usado só para arcar com as despesas previdenciárias se a reforma não for feita em dez anos.
Meirelles afirmou que a intervenção no Rio era necessária. O problema, lembrou o ministro, é que enquanto a intervenção vigorar nenhuma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) pode ser votada pelo Legislativo. “Inclusive a PEC da Previdência”, disse. No entanto, segundo o Meirelles, a reforma não é um tema para o curto prazo. “A reforma é necessária e o melhor seria que fosse aprovada o quanto antes”, avaliou.
Meirelles falou também sobre o pacote de medidas prioritárias que foi divulgado logo após a suspensão oficial da reforma da Previdência. Ele destacou algumas das medidas, mas focou seu discurso na necessidade de fazer mudanças na Previdência, argumentando que, sem a reforma, os aposentados poderão vir a ficar sem receber os benefícios no futuro. “Por enquanto, estamos trabalhando para que isso não aconteça”, disse.