13/03/2018 - 14:41
O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, criticou nesta terça-feira, 13, a situação criada em torno do Decreto dos Portos, que envolve um inquérito para investigar supostas irregularidades na edição do texto com o intuito de beneficiar a empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos (SP). A investigação, que envolve o presidente Michel Temer, mira possíveis crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva. A nuvem que pairou sobre o Decreto dos Portos é injusta e será rapidamente dissipada”, disse, em cerimônia de abertura do evento Intermodal, em São Paulo.
Em seu discurso, o ministro afirmou ainda que, após um longo trabalho do governo federal em reformas e medidas estruturantes, o Brasil voltou a ser visto com confiança pelos investidores do mundo todo. De acordo com ele, esse foi o tom do mercado no seminário “Oportunidades de Investimento no Brasil” em Nova York, no qual esteve presente na semana passada.
Quintella reiterou que o Brasil continua investindo pouco em infraestrutura, cerca de 2% do PIB, enquanto alguns de seus pares da América do Sul destinam cerca de 5% do produto a esse setor. “Isso nos coloca em extrema desvantagem”, frisou.
Porém, na visão do ministro, que está prestes a deixar o cargo para disputar eleições a senador de Alagoas pelo PR, o País tem conseguido fazer os investimentos “corretos”, e tem hoje um programa de concessões “praticamente dentro do cronograma”. Ele cita o desenvolvimento da infraestrutura dos portos do chamado “Arco Norte”, além do bem-sucedido programa de concessões aeroportuárias, que trouxe operadoras de “grife” para o mercado brasileiro.
Sobre novas licitações programadas para este ano, Quintella afirmou que o governo ainda tem a expectativa de passar para a iniciativa privada os 13 aeroportos já qualificados no PPI, que deverão ser licitados em blocos. “O PMI procedimento de manifestação de interesse já foi entregues com sucesso”, informou.
Com relação à ferrovia Norte-Sul, o ministro lembrou que o plano de outorga foi aprovado pelo Ministério na semana passada, e agora deve seguir para aprovação do TCU. Segundo ele, a licitação segue programada para o segundo semestre deste ano.