A agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou o rating de longo prazo em moeda estrangeira do BTG Pactual de BB para BB- e o rating de longo prazo em escala nacional de brAA- para brA-. O rating de curto prazo em escala global foi mantido em B e o rating de curto prazo em escala nacional foi rebaixado de brA-1 para brA-2. As perspectivas dos ratings, que estavam em observação, foram revisadas para negativas.

Em comunicado, a S&P afirmou que “a revisão foi baseada na análise da liquidez do banco desde a prisão do ex-executivo-chefe e presidente, André Esteves”. “Na nossa opinião, o banco tem um vácuo de liquidez substancial para cumprir suas obrigações financeiras nos próximos 60 dias, a menos que o BTG seja capaz de vender ativos ou acessar linhas de crédito dos órgãos reguladores financeiros brasileiros”, comentou a agência.

Esse vácuo, diz a S&P, que “incorpora informações que recebemos do banco em seguida aos recentes saques de depósitos e influxos de diversas fontes, destaca o potencial fracasso do banco em cumprir suas obrigações de curto prazo se não tomar uma ação mais firme do que apenas usar seu plano de contingenciamento para aumentar sua posição de caixa”.

A S&P avaliou como “fraca” a liquidez do BTG e afirmou que essa avaliação reflete grandes e incomuns necessidades de liquidez nos próximos 60 dias, que aumentaram em meio ao crescente risco à reputação. Com isso, a agência revisou o perfil de crédito independente do banco (SACP) de bb para b+.

No entanto, a S&P observou a importância sistêmica “moderada” do BTG para o sistema financeiro brasileiro.