A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou na manhã desta sexta-feira, 16, que “finalmente em uma democracia importante como a nossa, a lei está valendo para todos”. De acordo com ela, o País atingiu “um patamar de combate à corrupção”. “Ninguém está acima da lei, assim como também queremos que ninguém esteja abaixo da lei.”

Raquel está em Porto Alegre, onde participa de reunião com os coordenadores das forças-tarefa da Operação Lava Jato de Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Brasília, que atuam nas três instâncias do Ministério Público Federal (MPF). Mais tarde, às 14h30, haverá uma coletiva de imprensa com a divulgação de um balanço dos quatro anos da operação.

Em um breve balanço sobre a Lava Jato, Raquel informou que os números relativos à operação são expressivos. “Isso mostra que o ímpeto de trabalho está vivo e vibrante. Queremos manter acesa a vontade de continuar trabalhando contra a corrupção do Brasil e promover a punição dos culpados e a reparação dos danos.”

Há, de acordo com números apresentados por Raquel, 36 denúncias no Supremo Tribunal Federal (STF) e três no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) no âmbito da operação. No Supremo, de acordo com a procuradora-geral, há 101 pessoas respondendo a ações penais. Nos quatro anos da operação a Procuradoria-Geral da República fez 4,6 mil manifestações em casos da Lava Jato no STF.

Segundo Raquel, há, no STJ, 12 governadores investigados, o que representa 40% do total em atividade no País.

Desde o início da operação, 134 colaborações premiadas foram assinadas e enviadas ao Supremo. De acordo com Raquel Dodge, é esperada a devolução aos cofres públicos de R$ 1,3 bilhão que estão depositados no exterior. No Brasil, a expectativa é de recuperação de R$ 1,4 bilhão. “Já conseguimos recuperar R$ 149,5 milhões”, disse.