21/03/2018 - 19:30
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quarta-feira, 21, que a investigação sobre a morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, executados a tiros há uma semana, será resolvida com “brevidade e seriedade”.
O inquérito de responsabilidade da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que atualmente responde ao interventor federal, general Braga Netto, nomeado pelo presidente Michel Temer. O presidente decidiu ir ao Rio de Janeiro na noite de hoje para uma reunião de trabalho com a equipe do Gabinete de Intervenção Federal.
“Investigação boa é a que termina no primeiro dia, mas ela será concluída com a maior brevidade, mas também com a maior seriedade necessária”, afirmou Padilha, em entrevista no Palácio do Planalto. O ministro também citou exemplos de aplicação dos recursos que o governo federal enviará ao general como reforço de caixa para atividade de segurança no Estado, adicionalmente ao orçamento do governo do Rio para Secretaria de Estado de Segurança.
O general Braga Netto divulgou que o orçamento necessário para cobrir as despesas seria de R$ 3,1 bilhões, incluindo verbas para custear atividades até o fim do ano e pagar gastos de pessoal e dívidas contraídas antes pelo Estado. Segundo Padilha, as verbas federais irão incrementar a infraestrutura de inteligência, comprar equipamentos como armamentos e veículos e custear combustível.
Padilha afirmou que o Ministério do Planejamento vai liberar o mais rápido possível a Medida Provisória que destina recursos extraordinários da ordem de R$ 1 bilhão para os trabalhos da intervenção federal no Rio. O governo quer remeter o texto ao Congresso até sexta-feira. “Ainda temos dois dias”, disse Padilha. O ministro afirmou que, caso necessário, o governo federal poderá incrementar o repasse.
O governo também planeja enviar um projeto de lei com crédito especial de cerca de R$ 4 bilhões para o Ministério Extraordinário da Segurança Pública. “O presidente Michel Temer resolveu trazer a coordenação de segurança em todo o território nacional criando o ministério e dotando de recursos, porque ministério sem recursos não funciona”, afirmou o titular da Casa Civil.