22/03/2018 - 19:08
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira, 22, que o contingenciamento adicional de R$ 2,64 bilhões, anunciado hoje pelo governo, será distribuído entre os ministérios, sem se concentrar numa área específica.
“São diversas contas e diversos ministérios. Não é algo concentrado em uma área especifica”, afirmou o titular da Fazenda ao ser questionado sobre quais pastas seriam mais afetadas pelo bloqueio em entrevista rápida dada após participação num encontro com empresários da indústria têxtil na capital paulista.
Meirelles acrescentou que caberá ao ministério do Planejamento definir a distribuição dos cortes “da maneira mais justa possível”.
Embora os recursos que seriam trazidos pela matéria tenham sido retirados do Orçamento, o ministro disse que o governo ainda conta com a aprovação do projeto de reoneração da folha de pagamento das empresas. A negociação em torno dessa matéria se dá agora em quantos setores serão excluídos da medida, informou.
Meirelles comentou que o texto atual do relator do projeto, o deputado Orlando Silva (PCdoB), traz uma lista “enorme” de setores retirados da reoneração. A intenção do governo, disse o ministro, é diminuir o número, mas ele adiantou que, mesmo assim, a arrecadação será menor do que a prevista no projeto encaminhado inicialmente pelo governo ao Congresso.
“Estamos negociando para ver quantos setores serão retirados da lista da reoneração e, portanto, quanto será a perda se comparada com o previsto”, declarou o ministro.
Essa perda, contudo, já está contemplada no contingenciamento anunciado hoje, assinalou Meirelles, acrescentando que outras questões levaram à necessidade de bloqueio. No caso, citou a privatização da Eletrobras e a intervenção federal no Rio de Janeiro.