Agentes da Polícia Federal (PF) cumprem cinco mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e cindo mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira, 25. A segunda fase da Operação Manigância visa desarticular um grupo criminoso que desviava e comercializava créditos tributários da União e há indícios que mais de R$ 300 milhões foram manipulados.

Na primeira fase, em março passado, a PF cumpriu quatro mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão. Após o processamento e análise do material apreendido, novas medidas cautelares são cumpridas, incluindo a prisão preventiva dos principais envolvidos, buscas e novo sequestro de bens.

Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo e se concentram nos municípios de São Paulo e Bragança Paulista. Segundo a Polícia Federal, uma analista tributária da Receita Federal em São Paulo teria promovido alterações nos sistemas de informação da RFB para modificar a titularidade de créditos tributários legítimos em benefício de outras empresas.

O esquema funcionava da seguinte maneira: créditos lícitos de grandes contribuintes eram selecionados e desviados pelos criminosos, incluindo um falso auditor fiscal, em favor de empresas intermediárias geridas pelos mesmos criminosos. Em seguida, após a captação de possíveis interessados, os créditos eram vendidos fraudulentamente e transferidos aos beneficiários finais da fraude por meio de pedido eletrônico de compensação e restituição.

Os presos responderão pelos crimes de associação criminosa, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistemas de informações e estelionato. O nome da operação faz referência à técnica ilusionista que faz um objeto desaparecer de um local e aparecer em outro.