03/05/2018 - 8:06
Dezesseis dos 94 deputados estaduais da Assembleia Legislativa de São Paulo aproveitaram o período da janela partidária para migrar de partido sem correr o risco de perder o mandato. O número representa 17% do total, segundo dados da Assessoria Técnica da Alesp. O PSB, sigla do atual governador, Márcio França, foi quem mais cresceu no período, saltando de sete para doze representantes.
A migração coincide com a passagem de bastão no Palácio dos Bandeirantes. No dia 6 de abril o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) deixou o governo para concorrer à eleição presidencial. França assumiu o posto e deve tentar a reeleição.
Será a primeira vez, desde a eleição de Mario Covas no pleito de 1994, que os tucanos vão disputar eleição no Estado contra o governador. França deve concorrer com o tucano João Doria, que deixou a Prefeitura também em abril para concorrer ao governo. Questionado, no fim do período da janela, sobre a migração dos parlamentares de seu partido, o tucano minimizou. “Faz parte do jogo democrático”, disse.
A contagem final mostra que o PSDB foi a sigla que perdeu mais deputados: quatro. Três deles, incluindo o ex-líder de governo Barros Munhoz, foram para o PSB de França. A legenda, no entanto, ganhou outros três e se manteve como a maior bancada da Alesp, com 19 integrantes. Em seguida vem o PT, que perdeu um deputado para o PSOL e ficou com 14.
Com os cinco novos reforços, o PSB ultrapassou o DEM e se tornou o terceiro maior partido na Assembleia, com 12 parlamentares. Os democratas perderam três cadeiras e ficaram com seis.
‘Compromisso’
Em Ribeirão Preto (SP), durante visita à 25.ª Agrishow, Alckmin evitou polêmica ao comentar a eventual disputa entre França e Doria pelo seu legado de seu governo. “Os dois têm compromissos importantes”, afirmou o ex-governador tucano. “Márcio França com o governo, se preparou para isso, e João Doria é o candidato do nosso partido. Acho que os dois vão fazer avançar ainda mais”, concluiu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.