O ex-vice-governador de Minas Gerais Clésio Andrade (MDB), condenado no chamado “mensalão tucano”, afirmou nesta terça-feira, 15, em nota, que a condenação da juíza Lucimeire Rocha, da 9.ª Vara Criminal de Belo Horizonte, é “injusta” e “absurda”. Andrade afirmou que recebeu com espanto e indignação a sentença. A magistrada fixou o cumprimento da pena em regime inicial semiaberto pelo crime de lavagem de dinheiro.

Leia a íntegra da nota:

“Condenação injusta e absurda

Recebi com espanto e indignação a sentença da juíza da 9ª vara criminal de Belo Horizonte, promulgada na última sexta-feira (11/05), na qual fui condenado a 5 anos e 7 meses, no processo conhecido como Mensalinho.

Trata-se de uma condenação injusta e absurda. É também contraditória, na medida em que reconhece minha saída das empresas que foram acusadas de lavagem de dinheiro, antes da ocorrência dos fatos.

Lamentavelmente pessoas que atuam ou atuaram na política estão sendo julgadas não com base em provas, mas por circunstâncias que estão levando alguns juízes a adotarem uma postura punitivista exacerbada, que ultrapassa os limites da lei. Não é de se espantar que a credibilidade do Poder Judiciário esteja sendo colocada em xeque.

Em 1998, eu não era funcionário público, não era vice-governador, não era sócio das empresas citadas, não participei do núcleo da campanha política e não atuei no núcleo do governo.

É difícil entender como o meu nome pode ter sido associado aos fatos investigados na ação.

Vou recorrer e provarei minha inocência, pois tanto o Superior Tribunal de Justiça quanto o Supremo Tribunal Federal já acolheram teses de defesa em situações idênticas.

Clésio Andrade

Brasília, 14 de maio de 2018″