A Grécia e seus credores internacionais chegaram a um acordo inicial sobre reformas que Atenas precisa adotar, o que abre caminho para se concluir a revisão do acordo de ajuda financeira ao país. Uma delegação da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram no fim do sábado a um acordo técnico com autoridades gregas. Os ministros das Finanças da zona do euro devem aprovar as medidas mais adiante em Bruxelas.

“As autoridades gregas se comprometem a implementar essas medidas tão rápido quanto seja possível, antes da reunião do Eurogrupo em 21 de junho”, afirmaram as instituições europeias na Grécia em comunicado. Com essa finalidade, contatos intensivos entre as instituições e as autoridades gregas continuarão nas próximas semanas.

Após oito anos de distúrbios econômicos e políticos e três programas de ajuda, a Grécia finalmente está perto de deixar esses pacotes. Nas próximas semanas, Atenas tem de aprovar uma série de reformas em energia, previdência e questões trabalhistas, a fim de mostrar progressos em sua agenda de privatização. Isso abrirá caminho para uma discussão sobre alívio na dívida e sobre o nível e a forma do monitoramento para o país após os pacotes de ajuda vencerem, em agosto. Os credores querem manter um firme controle sobre o orçamento grego durante vários anos e impedir que Atenas recue em reformas.

O ministro das Finanças grego, Euclid Tsakalotos, disse que o acordo e a revisão do pacote de ajuda significam que podem ser iniciadas conversas sobre como diminuir a dívida do país. Segundo ele, isso pode ficar mais claro na próxima semana.

Três meses antes do fim do programa, os credores ainda precisam decidir como aliviar a dívida grega, de cerca de 320 bilhões de euros (US$ 376,57 bilhões). Até agora, os credores europeus adiaram a discussão, tratando apenas de alguns pontos limitados, até que o fim do programa se aproxime. Eles discordam do FMI sobre o montante que pode ser reestruturado e sobre como seria oferecido um alívio automático e sem condições. O fracasso em um acordo tornaria frágil o pleno retorno grego aos mercados internacionais e minaria a credibilidade da saída do pacote. Fonte: Dow Jones Newswires.