No próximo dia 26 de junho, os credores da Ecovix se reúnem para votar o plano de recuperação judicial da empresa, que acumula passivo superior a R$ 7 bilhões. Depois de uma longa briga judicial, foi possível estabelecer uma data para a votação.

Segundo a proposta, o antigo estaleiro Rio Grande passaria a operar principalmente em reparos de plataformas petrolíferas, hoje feitos em países como China,​ ​Cingapura ou Coreia do Sul, cuja distância consome três meses só de transporte.

A Ecovix tem aproximadamente R$ 3,5 bilhões em ativos, incluindo o segundo maior dique seco do mundo, que permite múltiplas tarefas simultâneas — como a montagem e desmontagem de navios plataforma e reparos em cascos.

Além disso, o plano de recuperação a ser votado também prevê atividades de movimentação de cargas em apoio portuário e a finalização da plataforma P-71, hoje com 30% de sua estrutura já montada. O contrato com a Petrobras, empresa que encomendou a plataforma, foi cancelado. A Ecovix pretende concluir a construção por conta própria.

Drama

A Ecovix foi uma das empresas mais impactadas pela operação Lava Jato. Entre seus sócios, estava a Engevix, companhia responsável pela construção de parte da usina nuclear de Angra 3. No entanto, a descoberta de fraudes e o envolvimento da matriz na Lava Jato fez sofrer a companhia que possuía, em 2016, mais de 3 mil funcionários. O pedido de recuperação judicial foi feito naquele ano.