As buscas pelos seis desaparecidos do naufrágio ocorrido na madrugada de sexta-feira, 8, na Baía de Sepetiba, em Itaguaí, no Rio de Janeiro, foram retomadas às 7h deste sábado, 9, e prosseguirão até encontrar as vítimas ou escurecer, informou a assessoria do corpo de bombeiros. Quinze dos 21 pescadores amadores e barqueiros que estavam nos dois barcos pesqueiros que afundaram foram resgatados, sendo nove com vida e seis mortos.

A Marinha e Corpo de Bombeiros fazem uma ação conjunta pelo mar e pelo ar, com o uso de aeronaves e barcos para vasculhar a área, informou a assessoria. A causa do naufrágio ainda é desconhecida. A suspeita é de que as embarcações foram atingidas por um forte vento, já que chovia e ventava na hora do acidente, mas a Marinha ainda está investigando o caso.

Um dos barcos foi achado. Um dos sobreviventes, o agente de saúde Fabrício Remann, contou que os fortes ventos atingiram o barco, que virou repentinamente. Ele e outros dois sobreviventes ficaram à deriva, em cima de um colchão, até serem resgatados por pescadores.

Segundo o capitão de mar e guerra da Marinha Sérgio Salgueirinho, o órgão enviou comunicado para a comunidade marítima na manhã do dia do acidente, incluindo associações de pescadores, alertando para o mau tempo. Mas o cumprimento da ordem para não embarcar nessas situações não é obrigatório e não havia fiscalização no porto naquele momento.

“Já abrimos inquérito para apurar as causas, porém nossa preocupação maior agora é em busca de vidas. Quanto mais rápido agirmos, maiores são as chances de encontrar”, disse Salgueirinho. Os sobreviventes foram socorridos, a maioria com hipotermia.

Um dos desaparecido é o barqueiro Lucas Barbosa, dono de uma das embarcações que afundou, a Lucasmar. Segundo um amigo de Barbosa, o também barqueiro Igor Santos, o marinheiro tinha experiência nesse tipo de passeio para pesca e turismo. “Ele entendia de mar, mas com o quase tornado que atingiu o barco não teria condições de evitar que virasse”, disse.