26/06/2018 - 7:55
A Comissão de Direitos Humanos da OAB do Paraná realizou nesta segunda-feira, 25, uma vistoria no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, mas não verificou irregularidades no local. No domingo, 24, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que uma carta escrita por um dos presos denunciava que detentos por envolvimento em casos relacionados à Lava Jato – políticos, ex-executivos e lobistas – tinham regalias, além de usarem “laranjas” em cursos e trabalhos para redução dos dias de pena.
“Pelo menos atualmente, não verificamos nenhum tipo de irregularidade no local”, afirmou o presidente da comissão, Alexandre Salomão, ressaltando que houve troca de toda a direção da unidade. Além dele, outros dois integrantes da OAB estiveram no local.
Salomão disse que a comissão tinha visita no Complexo Médico-Penal marcada para esta segunda-feira para averiguar a situação de seis mulheres grávidas na ala feminina, mas, diante das “graves denúncias de irregularidades”, decidiu “incluir na vistoria a averiguação desses fatos”.
O suposto esquema de privilégios no local, que abriga presos da Lava Jato, é investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal. Nenhum dos órgãos comenta as apurações em andamento.
Em nota, o Departamento Penitenciário do Estado, que administra o Complexo Médico-Penal, afirmou que a denúncia foi apurada e arquivada por falta de indícios de irregularidades. O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) informou que desconhece qualquer denúncia contra agentes penitenciários de favorecimento a presos da Lava Jato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.