Depois de várias acusações de violação às leis trabalhistas ao longo dos anos, a Foxconn resolveu se manifestar. Maior empregadora privada da China com cerca de 1 milhão de funcionários, a empresa que fabrica ou já fabricou produtos de gigantes do mercado de tecnologia como Apple, Amazon, HP, Dell, entre outras, disparou contra as normas que garantem os direitos dos trabalhadores no país. De acordo com Terry Goy, presidente da companhia, essas restrições, no que diz respeito ao limite de horas extras permitidas, são “pouco razoáveis” e afetam a renda dos empregados, que desejam trabalhar em turnos mais longos. “A China tem regras mais duras para as horas extras do que os EUA e a União Europeia”, disse o executivo, que defende que sua empresa seja regida por leis ocidentais, já que opera como uma fabricante terceirizada. “Neste momento, estamos seguindo as normas chinesas. Mas, na alta temporada, vamos seguir as leis americanas.”

(Nota publicada na Edição 1076 da Revista Dinheiro)