Um policial militar, de 21 anos, que estava de folga, matou uma jovem, de 20 anos, ao atirar da sacada de sua casa, na madrugada de segunda-feira, 2, no jardim Madre Ângela, em Poá, região metropolitana de São Paulo. O namorado da vítima, de 19 anos, também foi baleado nas costas e sobreviveu.

No momento que foi alvejado, o casal estava em uma moto. Brenda Lima de Oliveira foi atingida no peito e morreu na hora. O namorado foi socorrido e levado para o Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos.

O PM contou à polícia que estava sofrendo ameaças desde uma operação realizada no dia 28 de junho, próximo a sua residência, que resultou em diversas prisões. Após essa data, o PM disse que passou a observar um casal que, segundo ele, ficava rondando sua casa e olhando para o imóvel.

O PM relatou à policia que, no domingo, 1º, ouviu gritos e ameaças de morte. Ele contou que, por volta das 22h, uma bomba foi arremessada para dentro de sua casa. Também em depoimento, ele alegou que, ao observar as câmeras de segurança de sua residência, viu que uma moto passou pela sua rua e um dos ocupantes teria feito menção de sacar algo da cintura. Diante disso, o PM contou que atirou e acertou os ocupantes da motocicleta.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que a Delegacia de Poá instaurou inquérito para investigar o caso. O boletim de ocorrência foi registrado como homicídio simples. A Polícia Militar acompanha as investigações.

Protestos

Inconformados com o caso, manifestantes protestaram contra a morte de Brenda Lima de Oliveira. Eles fecharam algumas ruas do bairro e incendiaram e apedrejaram dois ônibus no Jardim São José na tarde desta segunda-feira. Com isso, as linhas municipais 12 e 13 e as intermunicipais 589, 481, 026, 337 e 328 deixaram de circular.

A Radial, empresa responsável pelo transporte coletivo na cidade, informou que, por causa da falta de segurança, os ônibus municipais estão sem rodar nesta terça e as linhas intermunicipais trafegam até Nova Poá.