05/07/2018 - 19:29
Em nota, o presidente Michel Temer confirmou que aceitou o pedido de demissão do ministro afastado do Trabalho, Helton Yomura, nesta quinta-feira, 5. A informação foi antecipada pela Coluna do Estadão. “O presidente Michel Temer recebeu e aceitou o pedido de exoneração do ministro do Trabalho, Helton Yomura. O presidente agradeceu sua dedicação à frente da pasta”, diz texto da assessoria de imprensa do Palácio do Planalto.
Ainda não há informações sobre quem será o sucessor de Yomura, mas, segundo fontes do governo, a expectativa é de que o novo nome não deve ser indicado pelo PTB, como era o caso de Yomura. A decisão deve ser tomada por Temer ainda esta semana.
Alvo da 3ª fase da operação Registro Espúrio, Yomura apresentou o pedido de exoneração após ser afastado do cargo pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A demissão ocorreu em acordo com a cúpula do PTB. A avaliação de petebistas é de que seria “nobre” Yomura formalizar a sua saída da pasta. O presidente da sigla, Roberto Jefferson, e o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes, deixaram claro para o governo que o cargo estaria à disposição de Temer e que o presidente teria “total liberdade” para escolher o sucessor de Yomura, ou seja, alguém sem vínculo com a sigla.
Desta forma, interlocutores do PTB avaliam que a legenda já deu a sua contribuição ao governo e não precisará mais se comprometer com ele no Congresso. Na próxima semana, o partido deve anunciar seu apoio ao pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin.
Roberto Jefferson também foi alvo de outra fase da mesma operação junto com a sua filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ). Além disso, o posto de secretário executivo da pasta está vazio, pois o ex-secretário Leonardo Arantes, sobrinho de Jovair Arantes, teve sua prisão preventiva decretada há um mês, em outra fase da operação.
Mais cedo, Jefferson postou no Twitter que a “Executiva Nacional do PTB coloca o Ministério do Trabalho à disposição do governo Michel Temer”. Ele admitiu que garantiu “apoio político” para que a legenda assumisse a pasta, mas negou participação em possíveis irregularidades.