07/07/2018 - 8:11
Luigi está com 1 ano e 5 meses, mas já tem sua turminha. Como em seu prédio não há espaço infantil, é no Parque Buenos Aires, em Higienópolis, região central de São Paulo, que fez alguns dos primeiros amigos. “É um passatempo, um espaço para ele mesmo”, conta a mãe, a relações-públicas Nathalie Bizzochi, de 28 anos.
Frequentador do Buenos Aires, Luigi aproveitou as mudanças recentes do local, especialmente de um dos balanços, que se tornou exclusivo para bebês. “Agora ele pode ficar sentado sozinho, antes andava só no meu colo”, diz Nathalie.
O novo espaço de brincar foi inaugurado no último mês pela Erê Lab, empresa responsável por outros parquinhos lúdicos do Rio e da cidade, em locais como os Largos do Paiçandu, no centro, e o da Batata, em Pinheiros, desinstalado em 2017. Por projetos como esse, ganhou o Prêmio Mais Movimento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O reconhecimento foi dado por serem projetos inovadores, que estimulam brincadeiras e conexão com a natureza.
A reforma no parque municipal foi bancada pelo Canal Gloob, de TV a cabo. “Derrubamos tudo, começamos do zero”, diz um dos idealizadores, Roni Hirsch, sócio da Erê Lab. Com as mudanças, foram instalados brinquedos para crianças de 1 a 12 anos, desde uma caixa de areia até um circuito de desafios em madeira. Além disso, agora há uma cadeira adaptada e com cintos para pessoas com deficiência. “Queremos que o espaço tenha permeabilidade na vida dessas crianças, trazendo um público que não tinha onde brincar.”
A ideia é de criar equipamentos que estimulem diversas habilidades das crianças. O brinquedo “circuito de aventura”, por exemplo, é formado por diferentes estruturas de madeira e cordas, de modo que exige tanto esforço motor quanto sinestésico. “São elementos de escalada não tão lineares, a criança precisa refletir onde colocar a mão, o pé, para chegar até a próxima etapa”, diz o designer.
Público. Entre as cerca de 30 crianças que estavam no parquinho na tarde de anteontem estava Alexandre, de 5 anos. “Ele quase não tem esse tipo de contato no dia a dia. É mais eletrônico mesmo. Nem é televisão, computador – é tablet, só tablet”, comenta a dona de casa Roseni Xavier, de 40 anos.
A também dona de casa Maria Rociclair Alves, de 39 anos, também gostou do resultado. Mãe de Davi, de 5 anos, ela já frequenta o local desde que seu filho mais velho, hoje com 17 anos, era criança. “Está mais colorido, até a areia mudou.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.