As principais empresas de tecnologia do mundo não se cansam de surpreender. Primeiro foi a Microsoft, da área de softwares, que deixou os analistas atônitos ao apresentar o tablet Surface, no início de junho. Uma semana depois foi a vez de o Google, a número 1 do setor de buscas, lançar o seu primeiro eletrônico de consumo, o Nexus Q, um tipo de tocador multimídia para ser colocado na sala de casa. Agora, quem está prestes a sacudir o mercado, mais uma vez é a Amazon, maior empresa de comércio eletrônico do planeta, comandada pelo americano Jeff Bezos. 

 

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Quem fala? Jeff Bezos, CEO da Amazon, prepara em segredo seu primeiro celular.

 

Segundo reportagem do The Wall Street Journal, citando fontes não identificadas, a companhia já está testando um novo produto, um smartphone, que deve chegar ao mercado no final deste ano para concorrer com o iPhone, da Apple, e com os celulares que utilizam o sistema operacional Android, do Google. Explorar o mercado de equipamentos eletrônicos não é exatamente uma novidade para a Amazon. Em 2007, ela apresentou o Kindle, que praticamente criou o mercado de livros digitais. Em 2011, a varejista lançou o seu tablet, o Kindle Fire. Por trás desses movimentos está um desejo compartilhado por todos os grandes competidores de tecnologia: conquistar a fidelidade do consumidor na área de entretenimento.O objetivo é vender músicas, livros, filmes e qualquer outro serviço que possa ser oferecido por meio da rede. 

 

Para isso, essas empresas se aventuram nos mercados de equipamentos eletrônicos, tablets e celulares, na esperança de amarrar o consumidor ao seu ecossistema. No caso da Amazon, essa estratégia fica ainda mais evidente quando se compara o preço de seus produtos com os da concorrência. O Kindle Fire, por exemplo, custa US$ 199, ante US$ 499 do seu maior rival, o iPad, da Apple. A expectativa é de que o celular da Amazon siga a mesma estratégia. Com tela de quatro ou cinco polegadas, ele deve competir no segmento de smartphones populares. Dessa forma, a empresa fugiria da competição direta com Apple e Samsung no mercado de telefones mais sofisticados. Para o consumidor, a boa notícia é que deve ficar cada vez mais barato trocar de celular.

 

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