25/04/2013 - 21:00
A taxa de juros Selic caiu a 9%, o menor patamar em dois anos, o que reduziu a rentabilidade dos fundos de renda fixa. Isso vem estimulando a migração de recursos dos fundos para outras aplicações, como papéis de renda fixa privada ou Tesouro Direto. Os especialistas advertem, porém, que essa migração não é apenas uma troca de posição em busca de rentabilidade. “Ganhar mais dinheiro significa correr mais riscos”, diz Samy Dana, professor de finanças da Fundação Getulio Vargas. “Não se pode comparar riscos diferentes.” Segundo Dana, se um fundo paga o equivalente a 130% dos juros de mercado, ele está apostando em papéis com maior probabilidade de perda, como dívidas de empresas.
Se a estratégia for abrir mão de rentabilidade para manter seu capital em portos seguros, a recomendação é trocar os fundos pelos papéis públicos negociados no Tesouro Direto, sem intermediários. As taxas de corretagem e custódia tendem a ser menores que as da maioria dos fundos. Essas taxas se tornaram o fiel da balança na hora de escolher entre um fundo, renda fixa ou até mesmo a poupança. “Para uma aplicação de R$ 50 mil, no curto prazo, qualquer taxa de administração acima de 1,5% ao ano inviabiliza o investimento e é melhor migrar para a poupança”, diz Miguel Oliveira, diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças. As cadernetas têm uma rentabilidade mínima de 6% ao ano, mais Taxa Referencial garantida. No entanto, se a taxa de administração do fundo for menor que 0,5% ao ano, ele é a melhor opção.