Na semana passada, circulou a notícia de que Emílio Odebrecht, o presidente do conselho de administração do grupo Odebrecht, disse, em delação premiada, que “o estádio do Corinthians foi um presente para Lula”. Há, no entanto, outra leitura sobre isso. Pessoas próximas de alguns dos executivos-chave da Odebrecht, que estão delatando, dizem que o rastro está na diferença entre os R$ 820 milhões orçados inicialmente e os R$ 985 milhões com os aditivos no final de 2014.

Halloween em Brasília

A homologação das delações dos mais de 50 executivos do grupo é aguardada há tempos. Primeiro porque vai mostrar como, de fato, funcionam os esquemas que movem o poder. Segundo, porque cairá como uma bomba capaz de dinamitar reputações em todos os poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Pessoas que conhecem o processo cravam que as delações serão homologadas no dia 8 de novembro. Há quem já venha apelidando o dia de “o Halloween da República”.

(Nota publicada na Edição 991 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Luís Artur Nogueira)