15/03/2019 - 15:42
Nesta sexta-feira, 15 de março, a jovem dinamarquesa Nina Jensen conquistou o segundo lugar na 16ª edição do Concurso Mundial de Sommelier, realizado na Antuérpia, na Bélgica. É a segunda vez que uma
mulher chega à vice-liderança neste concurso, que é realizado a cada três anos, sempre em um país diferente. A primeira vez foi com a canadense Véronique Rivert, no Japão, em 2013. Véronique foi, também, a primeira mulher a subir ao pódio e estar entre os três melhores sommeliers do mundo. Na edição de 2016, na Argentina, a francesa Julie Dupouy conquistou o terceiro lugar.
Nesta edição, participaram os melhores sommeliers de 63 países e também os vencedores dos campeonatos continentais (América, Ásia e Europa), totalizando 66 pessoas. As mulheres eram a minoria: sete sommelières. Nina, de 26 anos, conquistou a vaga ao vencer o concurso de melhor sommelier da Dinamarca em 2017. Profissional do restaurante Kong Hans Kælder, em Copenhagen, o primeiro a ter estrela Michelin em seu país natal, Nina tem também o título de melhor sommelier jovem da Europa, de 2016, e melhor sommelier dos países nórdicos.
É uma verdadeira (e difícil) maratona chegar a final deste campeonato. As provas começaram na segunda-feira e se estenderam por cinco dias. Nos dois primeiros dias, todos os candidatos participam das provas teóricas e práticas (neste ano, os profissionais não podiam nem usar relógio para impedir que algum candidato, com um relógio mais tecnológico, conseguisse obter informações privilegiadas). Quarta e quinta-feira foram os dias da semifinal, com novas provas teóricas e práticas.
Na sexta-feira, os 19 candidatos semifinalistas chegaram ao teatro Elisabeth Center, subiram ao palco para receberem os seus diplomas. Somente neste momento, foram anunciados os nomes dos três finalistas. A prova final começou minutos após este anúncio. Além de Nina, participaram da final Raimonds Tomsons, da Letônia, e o alemão Marc Almert, que conquistou o título.
As mulheres e o vinho
Durante todo o mês de março posto aqui as mais diversas histórias de mulheres no mundo do vinho. Em 2018 foram 23 textos de personalidades e épocas diferentes e em 2019 continuo a tradição. Adorei pesquisar e conhecer mais sobre estas pessoas e seus desafios. Confira, a seguir, quais foram estas mulheres.
2019
2018
– Barbe-Nicole Clicquot, mais conhecida como a Veuve Clicquot
– Jancis Robinson, a inglesa mais influente do mundo do vinho com o seu www.jancisrobinson.com
– Lalou Bize-Leroy, a polêmica e competentíssima produtora da Borgonha
– Serena Sutcliffe e os leilões de vinho
– Maria Luz Marín, a chilena pioneira no vale de San Antonio, no Chile.
– Natasha Bozs, uma das primeiras enólogas negras da África do Sul, da Nederburg
– Elena Walch, a arquiteta que virou enóloga e hoje tem sua própria vinícola no Alto Adige
– Véronique Drouhin-Boss, a francesa da quarta geração da domaine Drouhi
– As associações de mulheres e vinhos já existem em 10 regiões francesas
– Lorenza Sebasti, proprietária da vinícola italiana Castello di Ama
– A portuguesa Filipa Pato, dos vinhos da Bairrada
– Lis Cereja, a brasileira que mais e melhor levanta a bandeira do vinho natural no Brasil
– Féminalise, um concurso de vinhos francês que só tem juradas
– Albiera Antinori, a primeira mulher a dirigir a tradicional vinícola italiana
– Susana Balbo, a pioneira nos vinhos argentinos
– Cecília Torres, a primeira mulher nos vinhos chilenos com o Casa Real
– Ludivine Griveau, que dirige os vinhos do Hospice de Beaune, na Borgonha
– A dupla de amigas e enólogas portuguesas Sandra Tavares e Susana Esteban
– Patricia Atkinson, e a sua aventura de elaborar vinhos franceses