Há bons ventos soprando para levar adiante a nau da economia brasileira. Os números singulares de ofertas de vaga e de aumento na renda média dos trabalhadores fazem supor que o mercado interno por si só pode garantir considerável parte do crescimento pretendido para o PIB neste ano. E não é para menos que o mundo cresce os olhos ante esse potencial de consumidores. O documento do Ministério da Fazenda intitulado “Economia Brasileira em Perspectiva” traz análises alvissareiras que, caso confirmadas, embicam o País numa rota de desenvolvimento sem precedentes daqui por diante. O objetivo para o PIB de 2012, já conhecido, seria de 4,5% e o da inflação giraria em torno de 4,4%, abaixo do centro da meta. 

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O IBGE compôs esse cenário positivo com vários indicadores dignos de nota. Baseado no Censo elaborado em 2010, o instituto aponta que subiu significativamente o número de brasileiros com acesso aos serviços públicos de qualidade – na saúde, nos transportes e na área de saneamento básico. Também melhorou a composição da pirâmide de riqueza nacional, com os bons resultados obtidos no combate à miséria e o avanço subsequente das classes C e D, que incorporou mais 35 a 40 milhões de brasileiros nos últimos anos. Numa perspectiva próxima, o índice de desemprego estacionou no mês de março, ficando na casa dos 6,2%, o mais baixo desde que a série foi iniciada em 2002. 

 

A massa de rendimentos, por sua vez, engordou substancialmente e registrou um desempenho 7% acima da inflação. Qualquer país com esse conjunto de sinais positivos estaria comemorando, especialmente diante das notícias sombrias que rondam as diversas economias mundo afora. Mas a turma dos fracassomaníacos teima em lançar críticas e dúvidas sobre as reais condições do Brasil. “Vendem” dificuldades a clientes que pagam os tubos para ouvi-los e depois colhem fama de visionários. Se erram, não são cobrados. Os empreendedores que estão pavimentando a rota dessa arrancada deveriam estar mais ligados nas oportunidades geradas nesse contexto para os seus negócios e deixar de lado os que apostam em um caos iminente.