11/01/2012 - 21:00
Negócios
Ri Happy na mira do Carlyle
O grupo americano Carlyle continua com apetite de aquisições. Depois de comprar a CVC Viagens e a gestora de planos de saúde Qualicorp, nos últimos dois anos, seu alvo agora é a Ri Happy, maior rede de lojas de brinquedos do Brasil, com faturamento de R$ 600 milhões por ano. Segundo maior fundo de investimentos do mundo, com ativos de US$ 90 bilhões, o Carlyle poderá pagar até R$ 500 milhões pela empresa.
Bancos
Bradesco quebra um tabu
Depois de 69 anos, o Bradesco tem, pela primeira vez, uma mulher na direção. Denise Pavarina foi anunciada como diretora-executiva adjunta entre as 17 promoções divulgadas pelo banco na terça-feira 3. Funcionária do Bradesco há 27 anos, ela foi escolhida por sua habilidade para fazer negócios.
Automóveis
A força automobilística
A produção de veículos no Brasil bateu o quinto recorde consecutivo, em 2011, superando a marca de 3,7 milhões de unidades. Enquanto isso, a indústria automobilística mundial encolheu em decorrência da crise na Europa e nos Estados Unidos. Por aqui, 10 mil novos por dia carros entraram em circulação nas ruas das cidades. Mas será que o País está preparado para tantos veículos? Carro novo é bom, mas é hora de repensar o transporte público.
Gradiente
Agora vai?
A Gradiente velha de guerra, rebatizada de IGB Eletrônica, anunciou, na segunda-feira 2, que voltará a operar no mercado brasileiro, depois de fechar as portas em 2007, em meio a uma grave crise financeira. A empresa, que chegou a ser uma das três maiores marcas de eletrônicos do País nos anos 1980, planeja ressuscitar suas operações em maio, após a conclusão do trâmite de renegociação das dívidas em impostos, que chegam a R$ 385 milhões. Simultaneamente, a empresa está se preparando para o lançamento de ações da HAG, dona da marca Gradiente. Segundo o empresário Eugênio Staub, fundador e principal acionista, a nova Gradiente terá um plano de negócios conservador.
Varejo
Sócio suíço na Americanas
A rede varejista Lojas Americanas vendeu 5,9 milhões de ações preferenciais, equivalentes a 2,62% de seu capital social, para o Credit Suisse. O banco informou que, com a aquisição da empresa carioca, não pretende alterar a composição administrativa da sociedade. A Lojas Americanas é controlada pelos empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, o mesmo trio que comanda a Inbev e a Ambev.
Impostos
Torre Eiffel ou Pão de Açícar?
Se pudesse escolher, você moraria em Nova York, no Rio e Janeiro ou em Paris, com a Torre Eiffel de paisagem? Todas as opções têm os seus encantos, mas saiba que a terceira é a mais barata. Uma pesquisa da Fipe mostra que adquirir um apartamento de 80 metros quadrados, com sala e dois quartos, na Cidade Maravilhosa custa 10% mais caro do que na Cidade Luz.
Quanto custa morar bem
Londres R$ 2.193.000 (centro)
Nova York R$ 1.572.060 (Upper East Side)
Rio de JaneiroR$ 1.372.480 (Leblon)
Paris R$ 1.200.000 (ao lado da Torre Eiffel)
São Paulo R$ 766.800 (Jardim Paulistano)
Buenos AiresR$ 335.782 (Puerto Madero)
Os m² mais caros do Brasil…
Distrito Federal R$ 7.477
Rio de JaneiroR$ 6.193
São Paulo R$ 5.177
Belo HorizonteR$ 4.194
Recife R$ 3.852
Fortaleza R$ 3.766
Salvador R$ 3.406
Média nacionalR$ 5.332
Curtas
A FIAT elevou sua parcela no Chrysler Group, de 53,5% para 58,5%, após cumprir o último dos requisitos exigidos pelo governo americano, que previa a produção de um carro na América que rode 65 quilômetros com um galão de gasolina (3,8 litros). Missão cumprida.
A VIA UNO rede gaúcha de calçados, deve fechar nos próximos dias uma parceria com o grupo conterrâneo Paquetá, com o objetivo de acelerar seu processo de internacionalização. A Via Uno já possui 104 lojas em quase 90 países.
O TESOURO NACIONAL captou, na quarta-feira 4, US$ 825 milhões de investidores americanos, europeus e asiáticos com taxa de juros de 3,449% ao ano, o menor valor da história para emissões no Exterior.
Investimento
A volta de Sam Zell
O bilionário americano Sam Zell está de volta ao mercado imobiliário brasileiro. Depois de se desfazer da Gafisa e de outros investimentos no segmento da construção civil, ele decidiu comprar o controle da Thá, grupo paranaense que atua em incorporação, engenharia e vendas de imóveis. A operação foi arquitetada pelo Equity International, braço de private equity de Zell que levantou US$ 650 milhões para um fundo de investimento em outubro.
Entrevista
“Logística é prioridade no Brasil em 2012”
Rodovias, portos, rotas de navegação e tudo que diga respeito à logística estão no topo das prioridades do BNDES em 2012. Contra números não há argumentos. São 118 projetos que vão demandar R$ 22 bilhões. “Os recursos para logística cresceram 40% neste ano”, disse Nelson Siffert, superintendente de logística do BNDES, à editora Carla Jimenez.
Qual será o papel da logística dentro da área de infraestrutura do banco?
É prioridade neste ano. Os recursos disponíveis aumentaram 40% em 2012, o maior crédito para o setor que já tivemos até hoje.
Entre portos, rodovias, hidrovias, estamos falando de quantos projetos durante o ano?
São 118 projetos que já estão aprovados e para os quais o banco vai desembolsar R$ 22 bilhões. Mas ao todo são projetos que representam R$ 50 bilhões em investimentos, ou seja, o banco entra apenas com parte do que os empreendimentos precisam. Na área de logística e energia, rodovias já representam 19% dos desembolsos. Há alguns anos não representavam mais que 8%.
São investimentos seguros?
Sem dúvida, são de baixo risco e alta rentabilidade. Se entram em operação antes do previsto, são ainda mais rentáveis. Temos procura de muitos investidores que querem investir com o banco em projetos do gênero.
NÚMEROS
US$ 25 bilhões - foi o intercâmbio comercial entre o Brasil e a África, em 2011, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
US$ 40 bilhões - é o valor que a China comprou em produtos brasileiros até novembro do ano passado. No mesmo período, o saldo da balança comercial foi favorável ao Brasil, chegando a US$ 11,5 bilhões, o dobro do registrado em 2010.
€ 453 bilhões – foi o total depositado pelos bancos da zona do euro no Banco Central Europeu, diante do excesso de liquidez, em um sinal de que os empréstimos e os financiamentos estão em ritmo lento.
R$ 22,8 bilhões - foi o faturamento do mercado publicitário brasileiro, entre janeiro e outubro do ano passado, segundo o Projeto Inter-Meios. Em 2011, os investimentos em publicidade cresceram cerca de 9% em relação a 2010.
R$ 1 bilhão – É o prejuízo dos produtores rurais de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul com a estiagem causada pelo efeito La Niña, segundo cálculo dos governos estaduais.
R$ 7,9 bilhões - Será o investimento em expansão das redes de transmissão de energia no País neste ano, de acordo com estimativa da Aneel, a agência que regula o setor.