13/02/2008 - 8:00
O CHOCOLATE MAIS FAMOSO do mundo não poderia ter um destino mais intrigante. A marca belga Godiva, que pertencia ao grupo americano Campbell, agora faz parte do portfólio de grifes da Ulker, uma das principais companhias de alimentos da Turquia. Para quem está acostumado a lidar com técnicas de produção artesanais, o negócio fechado entre as empresas está à altura de números industriais. Os turcos pagaram US$ 850 milhões para se apoderar deste ícone do consumo refinado. ?Há novas perspectivas para a companhia, mas a organização, a equipe, os escritórios e as fábricas continuam iguais?, disse à DINHEIRO Viviane Burgess, a diretora de Comunicação e porta-voz da Godiva. Os chocolates criados em 1926, em Bruxelas, têm seu nome inspirado em uma famosa lenda inglesa, a da Lady Godiva. Conta a história que, no século 11, cansada dos abusos de poder cometidos por seu marido, o rei de Coventry, um feudo do Reino Unido, ela tentou brigar pelos direitos dos oprimidos. Como castigo, foi obrigada a cavalgar nua pelo reino sem que nenhum súdito pudesse observá- la. Com isso, a bela tornou-se símbolo do proibido e inalcançável. E os Drap transformaram essa alegoria em algo real, comestível e desejado. A Godiva desembarcou no Brasil em 1991 e fechou as portas em 2002. Sobre os planos de voltar, Viviane Burgess é vaga. ?Oportunidades existem, mas serão analisadas no momento apropriado?, afirma. Os chocolates são vendidos só nas lojas Duty Free dos aeroportos internacionais de São Paulo e Rio.
INGREDIENTES: a empresa seleciona desde os grãos de cacau a serem utilizados até o grau de homogeneidade da pasta de chocolate
PUREZA: os chocolates são produzidos com 100% de cacau, sem nenhuma adição de gordura vegetal