14/09/2005 - 7:00
O mundo da alta relojoaria é um clube seleto. É difícil entrar nesse segmento e mais complicado ainda manter-se nele. A suíça Baume & Mercier, tradicional fabricante de relógios, figura nesta lista há 175 anos. Mas no ano passado quase ficou para trás no mercado brasileiro. Com dificuldades para distribuir seus produtos, a grife praticamente sumiu das joalherias brasileiras. Desde o início do ano, contudo, voltou com força total. A distribuição passou para as mãos do mesmo grupo que comanda as operações no País da Montblanc, a famosa grife alemã de canetas. E, sob nova direção, promete fazer barulho.
?Vamos fazer eventos em Cuiabá, Fortaleza e em outras praças?, diz Amanda Alvarez, diretora de marketing da Baume no Brasil. A idéia é aumentar as vendas em 20% e alcançar cinco mil unidades comercializadas em três anos. Como? O esforço de marketing servirá para intensificar a presença da marca entre os jovens.
A Baume faz parte do Richemont, um grupo com faturamento de 3,7 bilhões de euros, e dono de marcas como Vacheron Constantin e Jaeger-LeCoultre, cujos relógios chegam a custar 500 mil euros cada. A Baume, com preços que vão de R$ 3,5 mil a R$ 10 mil em sua maioria, é uma grife mais ?acessível?. ?Somos uma marca de entrada para o mercado de luxo?, diz Luiz Fernando Schneeberger, diretor da empresa no Brasil. A joalheria H.Stern, vendedora de Baume no País, assina em baixo. ?O público da grife tem de 20 a 40 anos?, diz Christian Hallot, da H.Stern. Para essa turma, há uma surpresa. Em outubro chegará ao País uma série limitada em 25 relógios que ostenta a bandeira do Brasil e inscrição ?Ordem e Progresso?. Preço: R$ 10.850,00.