07/05/2003 - 7:00
O processo de criação passa longe do conceito tradicional. Quando os executivos querem um novo aparelho para colocar no mercado não se preocupam muito com a tecnologia. A prioridade é outra: provocar os olhos dos consumidores. Neste quesito nenhuma marca de aparelhos de som se compara a dinamarquesa Bang & Olufsen. É como uma Ferrari, tem uma fiel legião de fãs. E se a empresa já conta com milhares deles espalhados pelo mundo, a tendência é a de que aumente. A companhia acaba de partir para um ramo nunca antes explorado por seus designers. ?Pela primeira vez a Bang desenvolveu uma tela de plasma?, diz Helio Bork, representante da marca no Brasil. A BeoVision 5, como foi batizada, tem 42 polegadas e vai custar cerca de US$ 20 mil. Ela só estará nas vitrines brasileiras em junho e já tem gente na fila para levar um exemplar debaixo do braço.
O sucesso do novo aparelho é explicado pelo fascínio que as pessoas têm pela Bang & Olufsen. Alguns de seus produtos têm uma longa vida útil. O BeoSound Over Ture, um aparelho que toca CD, por exemplo, é o mesmo há 17 anos. Tudo fruto de um dos melhores estúdios de criação do mundo. Os grandes designers do planeta passaram pelo chão de fábrica da marca. O Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa) que o diga. Em seu acervo há mais de 20 produtos da Bang & Olufsen como o BeoSound 9000. Mas isso não quer dizer que a empresa deixa de lado a tecnologia. A nova tela de plasma conta com uma camada anti-reflexo e caixas de som digitais. Um recheio high-tech para combinar com a embalagem impecável.