10/05/2024 - 16:50
A comunicação interna desempenha um papel fundamental para se estabelecer um ambiente de trabalho saudável e produtivo em uma organização. Sua eficiência está intrinsecamente ligada ao envolvimento ativo dos gestores, que agregaram outras funções que vão muito além do papel de liderar e passaram a atuar como agentes comunicadores. Mais do que falar, o líder deve saber se expressar e ter certeza que foi compreendido, para evitar problemas e ruídos da comunicação.
E, nesse cenário, a comunicação interna é essencial para promover o alinhamento de objetivos, valores e expectativas entre os membros da empresa. Quando os líderes assumem um papel ativo nesse processo, tornam-se os principais catalisadores desse alinhamento. Eles são responsáveis por transmitir a visão da companhia de forma clara e inspiradora, garantindo que cada colaborador compreenda sua função e os objetivos organizacionais.
Transmitir conhecimento e experiência de forma aberta, transparente e empática ajuda a criar um ambiente interno de confiança e respeito mútuo, com maior senso de pertencimento e comprometimento por parte dos colaboradores, que se sentem valorizados e ouvidos pela liderança.
E um dos canais de comunicação que vem ganhando destaque nos últimos anos é o LinkedIn. Internamente, as empresas o utilizam para fortalecer a comunicação entre colegas de trabalho, compartilhar atualizações, promover eventos internos e reconhecer conquistas individuais ou de equipe. Externamente, é uma ferramenta poderosa para estabelecer a presença da marca, atrair talentos, conectar-se com clientes e parceiros e compartilhar conteúdo relevante para a indústria.
Essencial para as lideranças, esse canal é mais do que uma rede profissional, é uma oportunidade de amplificar a voz e a influência. Compartilhando conteúdo relevante, insights, conquistas e desafios pessoais, os líderes podem iniciar conversas com potenciais clientes, participar de discussões relevantes e promover os produtos ou serviços da empresa de forma sutil e autêntica.
Quando os líderes ganham espaço fora das ferramentas tradicionais da comunicação, uma série de benefícios podem ser observados. Um deles é a visibilidade da marca, que passa a ter destaque e atrai a atenção de potenciais clientes, parceiros e talentos com interesse em fazer parte do time.
Uma pesquisa recente destacou que quatro a cada cinco colaboradores esperam ver seus CEOs presentes nas mídias sociais, demonstrando uma liderança acessível, fator fundamental de recrutamento e retenção de talentos nas empresas. O estudo destaca ainda que 82% dos entrevistados pesquisam sobre a presença online dos CEOs quando estão participando de um processo seletivo.
Nesse contexto, é importante destacar que nem todo líder é um comunicador nato. É papel fundamental da empresa proporcionar o desenvolvimento dessa habilidade, investindo em treinamentos, workshops e programas para ajudá-los a aprimorarem suas habilidades de comunicação. Esse pode ser o primeiro degrau para se conquistar um lugar de destaque e amplificar a voz também fora da empresa.
Formar um líder comunicador não é tarefa fácil, principalmente porque é preciso entender e reconhecer as particularidades de cada um. Mas é importante dizer que essa jornada de desenvolvimento e reconhecimento é benéfica e necessária para o sucesso individual e do negócio.
Heverton Peixoto é engenheiro civil com MBA em Corporate Finance no Insead, CEO do Grupo Omni e conselheiro do Instituto de Inovação em Seguros e Resseguros da FGV