Liberdade com responsabilidade. Proatividade, coragem para ousar e inovar, com senso de pertinência. Alta performance, orgulho em pertencer e comprometimento com o propósito e os resultados. Essas são algumas das características de colaboradores que adotam no dia-dia o conceito conhecido como “sentimento de dono”.

O termo em inglês ownership (que na tradução literal significa “propriedade”) ganha cada vez mais espaço na cultura organizacional de grandes empresas. A prática contribui positivamente para o ambiente corporativo e, consequentemente, para a sustentabilidade financeira do negócio.

+ Orgulho e senso de pertencimento como pilares da cultura corporativa

Em outras palavras, a cultura owner é quando uma empresa cria em seus funcionários uma mentalidade e envolvimento com o negócio muito parecida com a visão que o próprio dono teria – independentemente da posição em que ocupa na empresa. Ou seja, os profissionais com esses atributos visualizam o sucesso da organização como um interesse coletivo. E o sentimento de dono é fundamental para que a companhia consiga atingir as metas e objetivos traçados.

No entanto, vejo que muitos líderes têm dificuldade de implementar essa cultura em suas equipes. O primeiro passo é ter uma liderança empática e desenvolver o sentimento de engajamento dos colaboradores. Em seguida, é preciso estimular o time, com comunicação/feedbacks transparentes, não-violentos e construtivos, criando vínculos de confiança, indicando os acertos e erros sempre que possível, a fim de aprimorar as atitudes e atingir os resultados que impactam a performance e o clima do ambiente de trabalho.

A liderança sempre aberta ao diálogo, com escuta ativa, e uma cultura organizacional forte, com atributos e comportamentos claros e sempre ativados contribuem para atingir os objetivos.

Para isso, a cultura organizacional precisa estar muito bem estabelecida e com valores que vão ao encontro do desejado pelos seus colaboradores. Não basta apenas oferecer uma boa remuneração, benefícios e uma boa estrutura de trabalho. É preciso ir além!

Uma pesquisa realizada em janeiro deste ano pela empresa especializada em gestão de pessoas e carreiras ThoughtExchage, ouviu 600 membros da geração Z em todo o mundo e que estão entrando no mercado de trabalho. Para 92% dos entrevistados, é importante que a empresa mantenha valores alinhados aos dos seus colaboradores. Outros 85% afirmaram que valorizam trabalhar em uma empresa com uma missão ou aspiração que faz seu trabalho parecer importante.

Diante desse contexto, os líderes também exercem um papel estratégico para implementar o sentimento de dono em seus times. Afinal, em qualquer empresa, as equipes atuam de forma interdependente, mas necessitam de sinergia para avançar em sintonia. Por isso, a liderança precisa envolver as pessoas e adaptar a cultura organizacional para atingir o objetivo comum a todas as áreas.

Nesse cenário, entendo que todos os atores envolvidos no processo saem ganhando. Líderes, CEOs e shareholders, se beneficiam de uma equipe comprometida e engajada, que tem como foco entregar o melhor desempenho possível. Os colaboradores que desenvolvem os atributos que levam ao sentimento de dono, por sua vez, evoluem como profissionais e ficam mais próximos de alcançar cargos de liderança e evoluir em suas carreiras, mesmo para aqueles que não possuem interesse em assumir cargos de gestão.

Portanto, contar com uma equipe engajada, motivada e que coloca em prática o sentimento de dono faz toda a diferença no resultado e certamente é decisivo para o desenvolvimento do negócio. Para que isso aconteça é preciso arregaçar as mangas e colocar diariamente em prática ações que façam o colaborador sentir orgulho da empresa e trate o negócio como seu. Vamos nessa!?!