A máxima de que “a atitude de um líder vale mais do que mil palavras” é perfeita. Afinal, a atitude tem a força que só as ações possuem. Contudo, a expressão não diminui a importância de registrar em símbolos e de materializar a cultura organizacional de uma empresa. Essa importância se fortalece principalmente nos momentos de transformações, seja por meio de sucessões, alterações dos times ou até mesmo em situações de crise.

É importante ressaltar que os símbolos são uma das principais formas de comunicação e identidade entre os colaboradores. Isto é, são uma das características mais visíveis da cultura das empresas. Estas características simbólicas carregam implicitamente as crenças, as relações, os valores e conceitos considerados essenciais pela organização. E devem ser preservadas, independente das mudanças pelas quais a empresa pode passar.

Esses símbolos da cultura podem ser traduzidos de diversas maneiras, tanto pelo ambiente corporativo e estrutura física da empresa, como pelos benefícios oferecidos pela organização, passando pela vestimenta dos colaboradores ou pela linguagem utilizada pela equipe em que trabalha.

Nos períodos de transformações das empresas, o registro dos elementos culturais contribui decisivamente para a criação do orgulho e vínculo dos times com os pilares da cultura organizacional. O sentimento de orgulho é vital para impulsionar o empenho, foco, criatividade e engajamento das equipes. Todos esses atributos levam não apenas à melhoria do clima no ambiente corporativo, mas refletem no desempenho operacional e nos resultados financeiros da companhia.

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Os símbolos também ajudam a defender e manter os traços positivos da cultura e arrastam os novos líderes e colaboradores a abraçarem o que é bom e deve ser mantido. Não obstante, contribui para a discussão e crítica transparente e direta sobre a cultura atual e as necessidades de ajustes pontuais.

Outros elementos importantes na construção da cultura da empresa são os rituais e cerimônias. Como, por exemplo, a comemoração dos aniversariantes do mês, cerimônias de premiação ou reconhecimento e eventos internos para a divulgação de resultados.

Naturalmente, é comum que a liderança coloque em prática o seu estilo de gestão e transmita aos colaboradores normas e modelos de trabalho com os quais está acostumado a lidar. Porém, essas práticas não devem superar ou se chocar com os valores e cultura da empresa, que são estabelecidos e fortalecidos por anos a fio. Cabe aos líderes adaptar o seu método de trabalho à cultura da empresa. E não o contrário!

Portanto, os líderes que buscam construir transformações culturais perenes e legados que transcendem sua gestão, precisam buscar ao máximo registrar os símbolos e artefatos desta cultura desejada. A medida contribui para a organização perenizar e guiar atitudes e traços culturais, que vai muito além de quem ocupa a cadeira de CEO ou cargos diretivos, ela é construída por todos.

Diante de tudo isso, fica claro que os símbolos, as ações e os rituais de uma organização definitivamente falam muito mais alto do que as palavras. Juntos, são eles que compõem a cultura organizacional da empresa e fazem parte do patrimônio da companhia. E contribuem para que ela possa seguir sua trajetória e superar sem sobressaltos os momentos futuros.