08/03/2006 - 7:00
Passado o carnaval, é hora de inversão no turismo. A maré agora é de brasileiros no exterior. Estudos comprovam que a turma
tropical que se hospeda apenas no que é cinco estrelas já faz diferença. Uma das maiores redes hoteleiras de luxo, a The Leading Hotels of the World, tem números fresquinhos que mostram o impacto desse grupo rico e privilegiado. Em 2005, o volume de diárias vendidas a brasileiros cresceu 25%, totalizando 33 mil reservas. Outro indicador saudável: enquanto entre os demais hóspedes latino-americanos a média de gastos por dia ficou em US$ 380, no Brasil ela subiu de US$ 350 para US$ 430, além de gastos com serviços como restaurante e bar. ?O brasileiro é o quarto maior gastador em nosso ranking, atrás do Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos?, diz João Annibale, diretor da Leading no Brasil. O País já representa 42% do fluxo de reservas geradas na América Latina. Em 2005, o escritório no Brasil do grupo teve crescimento recorde de 29%, chegando a US$ 14,2 milhões.
Há preferência pelos grandes hotéis internacionais, como ocorre também em outras bandeiras, a exemplo do Hilton. O The New York Palace, em Nova York, o Plaza Athénée, em Paris, e o Alvear Palace, em Buenos Aires, são os mais procurados. Foi o Alvear, no coração da Recoleta, elegante reduto portenho, que conquistou a paulistana Marina Marguerita. Não à toa. Sua pompa já atraiu, entre outras personalidades, a realeza espanhola e o imperador do Japão. ?Como brasileira, sou bem recebida em todo lugar?, diz ela. O que isso representa? Mimos variados, de champanhe a upgrades nas suítes. No Alvear, a presença dos turistas de passaporte verde cresceu 49% de um ano para outro. Não se trata, claro, de exclusividade brasileira ? mas é uma elegante notícia em um mercado promissor.