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LIDERANÇA, INOVAÇÃO, excelência e resultado. Os quatro ingredientes juntos constroem empresas robustas e marcas poderosas que se mantêm fortes quando o cenário se torna adverso. Foi esse o tom dos discursos ouvidos no auditório do hotel Bourbon Convention, em São Paulo, na terça-feira 5, quando foram entregues os prêmios de Marca Mais Valiosa e Marca Mais Forte do Brasil, de acordo com os rankings exclusivos da DINHEIRO em parceria com a BrandAnalytics/Millward Brown. Bradesco e Omo foram, respectivamente, as marcas laureadas. A primeira, alcançando o valor de R$ 12,06 bilhões, e a segunda, considerada a mais reconhecida pelos brasileiros. Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, representou no evento a hegemonia do setor bancário do País. “Isso é resultado de um trabalho duradouro e consistente baseado em quatro pilares: clientes, acionistas, funcionários e stakeholders”, disse, após receber o prêmio de Marca Mais Valiosa das mãos de Carlos Alzugaray, presidente executivo da Editora Três. “Em um ano em que o cenário financeiro mundial estremeceu, o maior exemplo de que o Brasil está na direção certa é que, das dez marcas mais valiosas do País, quatro são instituições bancárias”, analisou Eduardo Tomiya, diretor-geral da BrandAnalytics.

 

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MARCA MAIS LEMBRADA: Nikhil Gharekhan, da MillWard Brown, parabeniza Sebastian Reyes e Luiz Eduardo Dutra, vicepresidentes da Unilever, pelo prêmio levado pela marca Omo

 

A presença cada vez maior dos Brics no mundo das marcas foi comprovada durante a palestra que abriu o seminário “O Brasil e as marcas globais”, pelo vice-presidente da MillWard Brown nos Estados Unidos, Nikhil Gharekhan. Segundo ele, as empresas dos quatro países emergentes tiveram um aumento de 449% no valor de suas marcas entre 2006 e 2008. “A tendência é de que isso aumente, pois os Brics estão criando marcas locais muito fortes e com potencial de transpor fronteiras”, afirmou Gharekhan. A marca mais valiosa no ranking global da Millward Brown, divulgado pelo jornal britânico Financial Times, também esteve presente ao evento. Com valor superior a US$ 100 bilhões, o Google teve seu case apresentado por seu presidente para a América Latina, Alexandre Hohagen. “Alcançamos isso sem jamais termos feito um único anúncio”, ressaltou. Outro caso de sucesso apresentado à plateia de mais de 300 pessoas foi o de reposicionamento da Nextel. “Com o mote ‘Bemvindo ao clube’, conseguimos expandir nossa atuação do segmento corporativo para o individual”, relatou Fábio Toledo, diretor de marketing da Nextel. “Desde o início da campanha, desenvolvida pela Loducca, tivemos uma valorização de marca de 85%.”

 

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O ponto alto do seminário foi a apresentação dos cases das marcas vencedoras em 2009, Bradesco e Omo. Com 54 anos de Brasil, a marca de sabão em pó é celebrada pela Unilever como um de seus principais sucessos. Possui 99,3% de participação de mercado no País e está presente em 80% dos lares brasileiros. “Nós conhecemos nossas consumidoras como ninguém. Antecipamos o que elas desejam e é isso que nos faz tão fortes”, concluiu Priya Patel, diretora de marketing da área de higiene e limpeza da Unilever. Um dos que mais comemoraram os prêmios foi Alexandre Gama, sócio-diretor da Neogama/BBH – tanto Omo quanto a conta institucional do Bradesco são responsabilidade da agência. “Trabalhamos muito por isso. E atingir o resultado que buscamos é algo sensacional”, disse o publicitário. Luiz Carlos Trabuco encerrou o evento anunciando planos para o Bradesco: “Queremos 100 milhões de novos clientes em 30 anos. Ainda há muita gente para bancarizar. Mas, acima de tudo, também queremos prover domicílio às pessoas. Só assim teremos um Brasil mais justo.”