O mítico Fundo Verde, da Hedging-Griffo, acaba de dar nova demonstração de prestígio. Um
clone da aplicação com melhor histórico de rentabilidade no Brasil foi lançado pela própria
HG no início do mês e sumiu das prateleiras dos bancos distribuidores em tempo recorde. Três semanas bastaram para captar R$ 400 milhões, superando a meta previamente estabelecida de R$ 300 milhões. Resultado: o novo fundo HG Verde 90 já está fechado e não aceita mais investimentos. A aplicação replica a carteira de ativos do Fundo Verde. Ações, índices, câmbio e as commodities agrícolas que lhe emprestaram a cor e lhe deram o nome. A diferença é que os resgates só poderão ser feitos três meses após o pedido, enquanto no HG Verde os saques podem ser efetuados no dia seguinte. É um pedágio que poucos fundos podem se dar ao luxo de estabelecer sem afugentar sua freguesia. ?O que falta para nós não é cliente. São produtos?, diz Leo Figueiredo, diretor da gestora preferida dos ricos ? ainda que deteste este rótulo. A aplicação mínima neste novo fundo era de R$ 300 mil.

Desde que foi lançado, em janeiro de 1997, o Fundo Verde acumula valorização de 2.130,45%. De lá para cá, o CDI subiu 473,39%. Com isso, um investidor que tenha aplicado R$ 100 mil neste fundo há nove anos hoje tem saldo de R$ 2,13 milhões. ?O histórico do HG Verde mostra mais acertos do que erros, e isso ajuda nas vendas dos novos produtos deles?, avalia Edson Inácio da Silva, sócio da gestora Quadrante, que recomendou aos seus clientes a adesão à nova versão do fundo.

Para o bem e para o mal, o HG Verde (assim como seu clone) foi concebido à imagem e semelhança de Luis Stuhlberger, sócio e estrategista da Hedging-Griffo. Reconhecido no mercado como um dos dois ou três melhores gestores de fundo do País, Stuhlberger é admirado por sua capacidade de desenhar táticas na contramão da concorrência e ater-se a elas em meio às piores turbulências. ?Ele é um gênio, mas o fundo está muito concentrado no seu talento pessoal?, pondera Silva. ?Se ele faltar, o HG poderá caminhar com as próprias pernas??

A família Verde de fundos já tem patrimônio de R$ 4 bilhões ? um terço dos R$ 13 bilhões sob o guarda-chuva da gestora. Sua freguesia endinheirada tem crescido, e hoje são cerca de mil clientes. No ano passado, a Hedging-Griffo expandiu seu escritório e abriu um espaço de 800 metros quadrados para recebê-los. Localizado no sétimo andar do edifício que a empresa ocupa há 25 anos, no novo centro financeiro de São Paulo, a área é ocupada por salas de reunião no estilo minimalista elegante em voga nos private banks da cidade. O toque original é dado por um jardim japonês no meio do andar. Ele já entrou para o anedotário da empresa depois que um sem número de clientes distraídos enfiou o pé na areia do pequeno oásis zen. Parece que dá sorte.