13/01/2012 - 21:00
Telefonia
Para muitos, 2011 deveria ser apagado da história da empresa de telefonia Claro, presidida por Carlos Zenteno. No ano passado, ela perdeu a vice-liderança de celulares para a TIM e pouco se ouviu a respeito da companhia, que pertence ao grupo mexicano América Móvil, do bilionário Carlos Slim. Mas a Claro, quase sem alarde, ganhou espaço em um dos mais promissores mercados: o da banda larga móvel. Tanto que se transformou na líder nessa área, com uma participação de mercado de 38,7%, à frente da Vivo, da Telefônica, segundo dados da consultoria especializada em telecomunicações Teleco.
O Brasil tinha, em novembro, 31,2 milhões de acessos de banda larga móvel. Para interlocutores mais próximos, Zenteno sempre disse que a participação de mercado nunca foi o alvo da companhia e reforçou a aposta nos smartphones, celulares que permitem acesso à internet, como estratégica para a Claro. A Vivo, no entanto, está na frente dos mexicanos em três quesitos: modems para o acesso móvel, receita que gera com dados e número de cidades com cobertura 3G, que é quase quatro vezes maior do que a Claro.
Investimento
Ganhos com a safra alheia
A decisão do BNDES de abrir linha de crédito de R$ 4 bilhões para incentivar a renovação de área plantada de canaviais agradou não apenas aos usineiros. Na Dedini, de Piracicaba (SP), a medida também foi festejada. É que boa parte da receita da empresa vem da venda de equipamentos para as usinas. A expectativa de Sérgio Leme, CEO do grupo, é que o aumento da produção incentive os usineiros a atualizar seu parque fabril, além de investir em novos complexos produtivos.
Tecnologia
Tão perto, tão longe
O governo federal tem vazado a informação de que está praticamente acertada a parceria da Foxconn com Eike Batista, a Positivo, comandada por Hélio Rotenberg, e a Semp Toshiba, de Afonso Antonio Hennel. Eles construiriam duas fábricas de telas multitoque no País. Eles, de fato, conversam sobre o assunto. Mas a negociação está na fase inicial, bem longe ainda de um acordo definitivo.
Ahmadinejad encontra Chávez
Setor automotivo
Investimento chinês
Estão em fase final as negociações entre a CN Auto e o governo do Espírito Santo para a instalação de uma fábrica no município de Linhares, a 130 quilômetros da capital Vitória. Com investimento de R$ 200 milhões, a unidade será uma joint venture entre a importadora brasileira e a chinesa Haifei. Com previsão de entrar em operação a partir do último trimestre de 2013, ela montará o utilitário Towner e terá capacidade produtiva de 50 mil veículos por ano. O diretor comercial da CN Auto, Humberto Gandolpho, também negocia com o governo federal um índice menor de nacionalização das peças para ter o direito de importar outros modelos sem pagar os 30 pontos percentuais a mais de IPI.
Rodovias
Disputa pela BR-101
O grupo Invepar, que administra seis rodovias no País, bateu o martelo e vai participar do leilão de concessão do trecho da BR-101, no Espírito Santo, com data prevista para 18 de janeiro. Formado pelos fundos de pensão Previ, Funcef e Petros e a construtora baiana OAS, o Invepar vai enfrentar pelo menos quatro outros fortes competidores. O edital estima que o vencedor terá de fazer um investimento de R$ 2,2 bilhões. Ganhará a concessão quem propuser a menor tarifa de pedágio.
Saúde
Motivos para sorrir
O empresário Paulo Barbanti tem motivos para sorrir. A Interodonto foi a melhor avaliada pelo Programa de Qualificação das Operadoras, da Agência Nacional de Saúde Complementar. Ela foi a única a receber nota acima de 0,8, nos cinco critérios avaliados. A empresa tem 1,3 milhão de clientes e faz parte de um grupo que fatura mais de R$ 2 bilhões.
Curtas
A casa própria sempre foi um sonho de consumo da classe C. Mas, após adquiri-la, o próximo passo é mobiliá-la. Por isso, esses consumidores são os que mais compram móveis, segundo a consultoria Data Popular. Em 2011, eles gastavam R$ 26,6 bilhões. Neste ano, a previsão é de R$ 41 bilhões.
A crise mundial não deve afetar o ritmo das exportações brasileiras em 2012, acredita Ivan Ramalho, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Comércio Exterior. Ramalho projeta um crescimento de 10% das vendas externas neste ano, previsão mais otimista até mesmo que a do Banco Central e outras entidades empresariais.
Colaboraram: Carla Jimenez, Luis Artur Nogueira e Rosenildo Gomes Ferreira