23/03/2011 - 21:00
O que acentua ainda mais a insuportável dor de perdas humanas e do caos na rotina das pessoas. Imensurável e gradualmente mais agudo à medida que se percebe que quase tudo, em muitos lugares, foi dizimado. No caso do Japão a situação ganha contornos dramáticos por se tratar da terceira maior potência econômica do mundo – que nos últimos tempos vinha se recuperando após uma fase de apatia no seu desenvolvimento.
Poucos dias depois da hecatombe de um terremoto seguido de tsunami e de acidentes nucleares, os papéis dos portentos empresariais locais derreteram com prejuízos astronômicos – sob o peso da ameaça de uma paralisação por tempo indeterminado.
Nas lojas, postos e supermercados itens de primeira necessidade desapareceram. Por falta de mão de obra e matérias-primas, a produção industrial foi comprometida.
O comércio também. Prédios, ruas e casas destruídos, reduzidos a escombros, reforçavam a impressão de um cenário do pós-guerra – como o próprio Japão já havia experimentado há quase 70 anos.
Tal e qual naquela época, não há dúvida de que esse mesmo Japão vai se recuperar rapidamente, superando a crise e retomando a sua posição na economia global.
Um passo claro nessa direção foi dado pelo próprio Banco Central japonês que, logo na primeira hora, disponibilizou mais de US$ 244 bilhões para injetar sangue novo à economia local e impedir a deterioração do sentimento empreendedor de seus empresários.
Na fase de reconstrução, que tem início agora, surgem inúmeras oportunidades. E aqueles que estiverem atentos e sintonizados com esse movimento podem incrementar seus negócios em vez de sofrer os reflexos negativos da tragédia.
Mesmo empresas brasileiras, tão longe do palco da catástrofe, podem sair ganhando, à medida que participem do “renascimento” daquele país.
Onde falta tudo – desde alimentos à energia, infraestrutura de estradas, saneamento etc. – há espaço para bons fornecedores e o Brasil está hoje repleto deles em quase todas as áreas. É o momento de se apresentar.