13/09/2018 - 21:57
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, elencou três pontos cruciais para a recuperação econômica do Brasil após a maior crise da história do País, em discurso realizado durante o evento As Melhores da Dinheiro 2018, realizada na quinta-feira (13), em São Paulo.
Guardia iniciou sua fala citando a necessidade do equilíbrio macroeconômico para a criação de um ambiente favorável para os negócios. Ressaltou que a junção dos fatores taxa de juros baixas com inflação é essencial para o crescimento econômico do Brasil. Além disso, frisou a importância da Reforma da Previdência como principal mecanismo para o equilíbrio das contas públicas.
“O atual sistema é desigual e insustentável do ponto de vista financeiro. Não resolveremos a questão dos gastos públicos se não atacarmos a questão fiscal”, disse o ministro.
Guardia também destacou que a crise nasceu de motivos internos causados pelo desequilíbrio fiscal iniciado em 2010, e que desde então os gasto públicos em relação ao PIB vem em franca ascensão.
“Hoje gastamos 14% do PIB em Previdência, taxa de países velhos. O Brasil ainda irá envelhecer, com tendência de aumento destas despesas. O teto do gasto é um instrumento viável desde que aprovada a reforma. Importante ressaltar também que o Brasil ainda tem tempo de um ajuste fiscal gradual ao longo de 10 anos.”
Já o terceiro ponto crucial para a economia brasileira, segundo Guardia, é a criação de um ambiente favorável de negócios, que passa por reformas microeconômicas, como a agenda de modernização da indústria, como a reforma trabalhista, marcos regulatórios e cadastro positivo. “São uma série de medidas para reduzir o custo de se fazer negócio no Brasil. Precisamos de um ambiente regulatório favorável a quem investe no País”, afirmou.
Guardia finalizou seu discurso ressaltando a necessidade de solucionar os gargalos de infraestrutura do Brasil e a inserção da economia do País no sistema econômico internacional.
“Temos um enorme desafio do investimento de infraestrutura para sanar os gargalos. Isso não será resolvido com dinheiro da União por conta da rigidez orçamentária. O caminho é a atração do investimento privado. Para isso, precisamos abrir nossa economia para atrair o fluxo de comércio internacional”, finalizou o ministro.