05/02/2019 - 17:56
A Apple vem enfrentando problemas desde o ano passado, com a queda de vendas de seu principal produto e consequente queda nas bolsas americanas. Porém para o analista do banco J.P. Morgan Samik Chatterjee , a solução para os problemas da empresa é razoavelmente simples, que inclui o gasto de quase todas as reservas monetárias da empresa e a Netflix.
“Achamos que a Netflix é o melhor negócio em relação a posição de liderança no mercado, nível de engajamento e conteúdos originais”, explicou o economista para a CNBC. “Existe um enorme valor em adquirir o mais bem sucedido player do mercado [de streaming], e é difícil replicar este sucesso com players menores”.
Com reservas em dinheiro de US$ 250 bilhões, a Apple teria dinheiro na mão o suficiente para realizar a transação. Atualmente a Netflix está avaliada em US$ 148 bilhões, com US$ 7 bilhões de dívida líquida. Mesmo que a empresa de Tim Cook pague uma bônus de 20%, a transação giraria em torno de US$ 189 bilhões.
Esta não é a primeira vez que analistas sugerem uma aquisição como maneira de fazer a Apple recuperar seu valor (que já foi de US 1 trilhão), com alguns sugerindo a compra da Tesla. Mas a sugestão agora faz sentido diante das recentes notícas envolvendo a empresa do iPhone, que já declarou estar se preparando para entrar no mundo de streaming de audiovisual e games. Enquanto o segundo é território quase inabitado, o primeiro é a menina dos olhos das empresas de tecnologia, e a Apple sairia bastante atrás por não ter conteúdo próprio e nem sequer uma plataforma estabelecida
Chartterjee elencou os três principais motivos do porquê faria sentido a aquisição. O primeiro diz respeito a tradição da Apple de ser um agregador de conteúdo, não um companhia de mídia tradicional. O segundo é que o modelo de assinatura da Netflix encaixa com o modelo de revenda dos produtos da Apple. E por último, é muito mais fácil se aproximar da empresa de Reed Hasting do que Amazon Prime e Hulu, ambas controladas por rivais diretas como a Amazon e o conglomerado Disney/Fox.
Apesar de todos os motivos, o analista acredita ser muito difícil esse tipo de transação se concretizar. Pelo menos não pelo bônus baixo em que ele sugeriu.