Papéis avulsos

 

O desembarque da agência de viagem CVC na bolsa brasileira não será uma temporada de férias com muita sombra e água fresca. Apesar de o caixa estar reforçado com R$ 621 milhões captados na oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) realizada na segunda-feira 9, os números da estreia decepcionaram os investidores. O preço de venda foi fixado em R$ 16, abaixo da faixa recomendada no prospecto preliminar, que previa um intervalo entre R$ 18 e R$ 22. Além disso, a empresa viu os seus papéis se desvalori­zarem 3,12% no primeiro dia do pregão, caindo para R$ 15,50, preço de fechamento da quinta-feira 12. 

 

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Aviação

 

Embraer voa alto nos EUA 

 

A Embraer anunciou, na quinta-feira 12, a venda de 60 jatos da série E 175 para a American Airlines por US$ 2,5 bilhões e entrega prevista para 2015. O negócio inclui uma opção de compra de mais 90 unidades. Os dois pedidos chegam a US$ 6,25 bilhões. A Ameri­can era a única empresa dos EUA sem aviões da Em­­braer, que já vendeu 700 jatos E-Jet para o país neste ano.

 

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Palavra do analista: Em um relatório do início de novembro, Ronald J. Epstein, do Bank of America Merrill Lynch, destacou como pontos positivos o forte controle de caixa e as oportunidades de crescimento do faturamento da Embraer. 

 

 

 

 

Touro x Urso

 

O cenário ruim para o mercado internacional manteve sua pressão sobre o Índice Bovespa, que chegou a romper o limite de 50 mil pontos na quinta-feira 12, mas recuperou-se parcialmente. No ano, a queda é de 17,7%. O comportamento futuro da bolsa vai depender dos indicadores americanos e da retirada dos estímulos à economia dos Estados Unidos.

 

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Bancos

 

Itaú quer comprar o chileno CorpBanca

 

O Itaú Unibanco prossegue em sua estratégia de internacionalização na América Latina. O próximo alvo é o chileno CorpBanca, com 68 agências e atuação nos mercados de varejo e de pequenas e médias empresas, diz Cândido Bracher, presidente do Itaú BBA, divisão de atacado da instituição financeira. Além do Chile, Colômbia e México estão na mira da expansão do Itaú BBA.

 

 

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Quem vem lá

 

O balanço dos IPOs

 

O resultado das aberturas de capital de 2013 marca um ano que não dei­xará saudades na BM&FBovespa. O volume de lançamentos deverá ficar em R$ 17 bilhões, contando os R$ 11,47 bilhões da BB Seguridade captados em abril. Não fosse essa operação, a cifra seria de pouco mais de R$ 5 bilhões. Ao todo, foram dez IPOs contra três em 2012, que levan­taram R$ 3,8 bilhões. A maior valorização na estreia foi a Linx, com 18,5%. O pior desempenho foi da Biosev, que recuou 14,3% no primeiro dia. 

 

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Destaque no pregão

 

BB Seguridade aposta nos executivos 

 

Em 2014, médias e grandes companhias estarão no radar da Brasilprev Seguros e Previdência, empresa da BB Seguridade, autora do maior IPO de 2013. É o segundo passo de uma estratégia voltada para o setor corporativo, implantada por Miguel Terra Lima em setembro. Segundo Sandro Bonfim, gerente de inteligência de mercado, os recursos geridos nesse segmento vinham permanecendo estáveis há oito anos, mas o novo produto os ampliou em 20% em apenas dois meses. Além de aproveitar a enorme capilaridade do BB para distribuir seus produtos no varejo, o foco no mercado corporativo permite maiores ganhos de escala. A Brasilprev detém 31,5% de market share e possui R$ 78,5 bilhões em ativos sob gestão.

 

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Varejo

 

Luiza volta ao azul

 

Depois de integrar as aquisições recentes – Lojas Maia, Baú da Felicidade e Época Cosméticos – o Magazine Luiza planeja voltar às compras no início de 2015. Segundo Marcelo Silva, diretor-superintendente da empresa, há boas oportunidades no Nordeste e no Centro-Oeste. A rede faturou R$ 2 bilhões no terceiro trimestre e voltou ao azul, lucrando R$ 25,4 milhões entre julho e setembro, após um prejuízo de R$ 6,7 milhões em 2012.

 

 

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Mercado em números

 

BRADESCO

R$ 1,4 bilhão - É o valor que o banco pretende pagar aos acionistas em juros sobre capital próprio complementares. A decisão será deliberada pelo conselho de administração no dia 23 de dezembro.

 

MULTIPLUS

R$ 500 milhões - É quanto a empresa de programas de fidelidade vai pagar antecipadamente pela aquisição de bilhetes aéreos da controladora TAM.

 

ALGAR TELECOM

R$ 103 milhões – É quanto a empresa de tecnologia vai pagar pela Asyst International, especializada em serviços de suporte de tecnologia. Juntas, as empresas devem faturar R$ 750 milhões em 2013.

 

ITAÚSA

R$ 70 milhões – Foi quanto a Elekeiroz, empresa química controlada pela holding, pagou à Air Products Brasil pela sua unidade de Camaçari (BA), produtora do gás-oxo, um insumo para a produção de hidrogênio.

 

MANGELS

R$ 23,6 milhões - É o prejuízo registrado pela fabricante de rodas de liga leve no terceiro trimestre. No mesmo período do ano passado, a empresa tinha acumulado perdas de R$ 875 mil. A empresa pediu recuperação judicial no dia 1º de novembro.

  

 

Colaboraram: Natália Flach e Luiz Gustavo Pacete