09/01/2013 - 21:00
Bônus demográfico
Os jovens, que representam 27% da população brasileira e 55% da nova classe média, são o alvo dos estudos da Secretaria de Assuntos Estratégicos neste início de ano. O governo teme perder as oportunidades do bônus demográfico – quando a população em faixa etária menor supera a de pessoas acima de 40 anos –, um período que deve durar até 2028. A ideia é entender por que vem crescendo o número de jovens “nem-nem”, denominação dada aos que nem estudam nem trabalham. “Isso é uma tragédia”, diz o ministro Wellington Moreira Franco, da SAE. “Temos de entender esse público para fazer políticas.” adequadas.”
Otimista
Cautela estratégica
Depois de equivocar-se na previsão de crescimento do PIB, em 2012, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, está preferindo ser mais cauteloso sobre o desempenho da economia em 2013. O ministro diz que existe a possibilidade de uma expansão entre 4% e 4,5%, mas revela se sentir confortável com as perspectivas dos analistas para o futuro. “Mesmo a previsão mais pessimista fala em 3%”, afirma Mantega. A média do mercado está em 3,3%, conforme pesquisa Focus, do Banco Central.
Comércio exterior
Queixa legítima?
Sem sucesso num processo para tentar barrar importações do Vietnã e da Indonésia, os calçadistas brasileiros agora tentam convencer o Ministério do Desenvolvimento a investigar os produtos importados da Malásia. Eles alegam que calçados registrados como sendo fabricados naquele país são, na verdade, produzidos na China. O curioso é que até novembro as importações brasileiras de calçados malaios caíram 97% em relação ao ano passado.
Notas
Um impasse envolvendo duas entidades de classe deixou de fora do reajuste dos servidores públicos os sete mil funcionários das agências reguladoras. Uma das entidades, a Aner, aceitou o reajuste de 15,8% em três anos, enquanto o Sindiagências rejeitou. Como o governo considera que somente este último tem legitimidade para negociar, os funcionários ficaram de mãos abanando.
O setor de bares e restaurantes deve ser o próximo a ter sua folha de pagamentos desonerada, com a cobrança de 1% sobre o faturamento como contribuição previdenciária. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, já sinalizou que pode atender ao pedido. Holland teme, entretanto, que o setor de hotelaria, já contemplado com a alíquota de 2%, peça a redução do percentual.
IPI
Carrinho caro
Não custou barato ao governo a redução do IPI dos automóveis no ano passado. De janeiro a novembro, a arrecadação de IPI do setor caiu 44% em relação ao ano anterior. No conjunto, o imposto arrecadou 14,8% menos. O que ajudou a equilibrar as contas foi a receita previdenciária, que aumentou 6,39% no ano. Mérito do aumento do emprego e da consequente formalização de postos de trabalho.
Reciclagem
Catadores com crédito
A BVRio, a Bolsa Verde que negocia ativos ambientais, vai entrar até março em um novo mercado: créditos de logística reversa. Empresas de reciclagem, e até associações de catadores, poderão vender créditos para a indústria se adequar à Lei de Resíduos Sólidos. Em todo o País, são 800 mil catadores, que conseguem reciclar até 95% das latas de alumínio. Para as empresas, pode ser mais barato comprar crédito das cooperativas do que montar seus próprios postos de coleta de embalagens.
P&D
Mais dinheiro
Os fundos setoriais de ciência e tecnologia foram contemplados com um volume recorde de recursos no orçamento de 2013. O montante, de R$ 4,4 bilhões, é o dobro do concedido no ano passado, e será repassado a empresas e universidades para pesquisa e inovação em petróleo, energia nuclear e TI, entre outras. E mais: o governo garante que esses recursos não serão contingenciados. A ordem é estimular a competitividade da economia.
Colaborou: Cristiano Zaia