O Ministério da Saúde admitiu nesta segunda-feira (30) que monitora dois casos suspeitos de varíola dos macacos no Brasil. Com o risco da doença chegar o País, fica a dúvida se todos que tomaram a vacina contra a varíola estão protegidos contra essa nova versão da doença. 

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas utilizadas no programa de erradicação da doença fornecem proteção de até 85% contra a varíola dos macacos. O Ministério da Saúde afirmou que a vacinação regular contra a doença acabou no país em 1973, já que ela foi erradicada no mundo há décadas. 

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“As pessoas vacinadas contra varíola têm anticorpos que protegem contra o Monkeypox, o que não sabemos é se isso dura até hoje porque são mais de 40 anos”, afirmou a diretora do Laboratório de Virologia do Butantan, Viviane Botosso, em nota. 

Apesar de os estudos não serem conclusivos, o fato do país já ter desenvolvido uma vacina contra a varíola humana pode apressar o desenvolvimento de um novo imunizante, caso seja necessário. 

A Fiocruz já reforçou que tem capacidade para fazer um imunizante em caráter emergencial. Em nota, a instituição chegou a dizer que tentou voltar a fabricar a vacina em 2001, mas que o entendimento com o governo foi de que a erradicação da doença a tornava dispensável.