08/06/2004 - 7:00
Durante os próximos dois anos, a grife masculina Vila Romana passará por uma reestruturação para tentar conquistar as classes A e B. Esqueça as lojas com mais de 800 metros quadrados, cheias de paletós nas araras, com o mesmo modelo multiplicado em mil tamanhos e diferentes cores. A estratégia agora é diminuir os espaços, deixá-los mais sofisticados e desenvolver coleções menores. ?Não queremos ser mais loja de fábrica e sim reforçar o nome que temos?, diz Carlos Isaac, sócio da grife. A Vila Romana também vai abandonar o conceito multimarca: só estarão nas vitrines roupas sociais com o seu nome e a grife esportiva Tweed. ?Exclusividade é a senha para esse tipo de público?, afirma Lú Pimenta, coordenadora de estilo da Vila Romana.
A mudança nas 24 lojas da marca é uma tentativa de se manter em alta no mercado. Embora não revele números, a grife vem, nos últimos tempos, lutando para atrair a clientela. As liquidações são cada vez mais freqüentes e os próprios executivos reconhecem o problema: ?As lojas são muito grandes, o que dificulta a rotatividade de produtos?. Ou seja, as vendas estão aquém do esperado. Ao migrar para a classe A, a Vila Romana ganha mais no preço do que no volume. ?Se ela não se mexesse perderia espaço?, atesta Sônia Souza, da Abit, associação do setor têxtil.