Há uma consistente melhora no humor do mercado em relação ao governo Dilma. E as razões para o ânimo são as perspectivas econômicas de curto prazo. Estão prestes a sair do forno os números referentes ao crescimento do PIB no primeiro trimestre do ano e eles são estimulantes. Opiniões de analistas e de representantes da produção convergem para uma aposta de crescimento da ordem de 1% a 1,3% no período, o que projetaria uma taxa anualizada entre 4% a 5,2% – bem acima, portanto, do verificado no ano passado. E superior inclusive às primeiras estimativas que foram ventiladas em janeiro sobre o comportamento do PIB de 2013. 

 

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O índice nesse patamar praticamente carimbaria o passaporte da presidenta Dilma para um segundo mandato. Afinal, é na bandeira da retomada do desenvolvimento que ela vem apostando todas as suas fichas, a contragosto dos adversários, que esperam por um tropeço nessa área. Se nada atrapalhar e os incentivos oficiais – com desonerações fiscais e liberações de crédito – seguirem no atual ritmo, haverá um conjunto de razões concretas para se acreditar que o País dificilmente perderá o prumo da estabilidade. Mesmo com os tremores externos. Uma pesquisa recente da FGV/Duke University com mais de mil executivos de grandes corporações multinacionais mostrou alto otimismo (de mais de 63%) com a situação do Brasil em 2013. 

 

Os entrevistados previram crescimento médio de 9,2% nas receitas de suas corporações internamente, aumento de 10% nos lucros e 3,9% nos empregos no hiato dos próximos 12 meses. A ideia de que o Brasil vem se convertendo numa ilha de oportunidades em meio às derrapagens de praças europeias ganha força por esses tempos. Tanto que vários desses grupos lá instalados têm priorizado investimentos e projetos por aqui, enquanto apertam o caixa em suas matrizes. O fluxo de capitais internacionais na bolsa brasileira e para investimentos produtivos é consistente. Os registros no Banco Central dão conta de entradas crescentes e em volumes superiores aos do mesmo período de 2012. São sinais alvissareiros de que os ventos continuarão a soprar a favor.