Nas últimas semanas, vários rumores circularam em relação à fabricante de smartphone chinesa Xiaomi, considerada a Apple chinesa.

Uma reportagem do site “Manual do Usuário” dizia que a empresa, que chegou ao Brasil no fim de julho do ano passado, considerava deixar o País.

O blog BASTIDORES DAS EMPRESAS publicou também post, no qual relatava as baixas vendas da empresa no Brasil e sua dificuldade de ganhar espaço no mercado brasileiro, dominado pela coreana Samsung e pela Motorola, marca da chinesa Lenovo.

Em entrevista ao blog BASTIDORES DAS EMPRESAS, Hugo Barra, vice-presidente internacional da Xiaomi, responsável por sua expansão para outros países, negou a intenção de deixar o Brasil.

Ao mesmo tempo, o executivo brasileiro deixou claro que o foco da empresa, neste momento, são os mercados da China e da Índia, onde a Xiaomi está crescendo em ritmo acelerado.

Leia a entrevista, concedida por e-mail:

A Xiaomi estuda deixar o Brasil?
A Xiaomi não planeja encerrar as atividades no Brasil. Estamos expandindo nossos canais e adaptando nossas estratégias de vendas para melhor nos adequarmos ao mercado local. Por exemplo, estamos dando maior foco a grandes canais de parceiros, como os sites da B2W, CNOVA, Walmart e outro. Essas parcerias seguem fortes. 

A fabricação no Brasil está parada por conta das baixas vendas? 
Os produtos são montados localmente caso essa seja uma alternativa que se mostre mais vantajosa do que a importação. Essa decisão é tomada produto a produto. Enquanto o Redmi 2 e Redmi 2 PRO foram montados no Brasil, itens como a Mi Band e o Mi Power Bank foram importados. Quanto às vendas, não divulgamos números, mas refutamos a informação de que as mesmas sejam baixas.

A empresa recebeu multa da Receita Federal por conta de sua bateria externa a Mi Power Bank?
O processo divulgado pelo veículo “Manual do Usuário” como relacionado à suposta multa diz respeito a uma análise de compensação de tributos federais, que passou por averiguação quanto à sua validade e teve seu mérito reconhecido e arquivado, como é descrito no próprio documento.  A importação de nossos produtos, inclusive, é feita por empresas especializadas, já que não somos uma importadora. 

Como está a evolução do negócio da Xiaomi no Brasil?
Quanto ao ritmo do nosso avanço no país, o que posso esclarecer é que temos mercados nos quais estamos dando maior foco, como a China, nossa maior operação, e a Índia, país no qual estamos crescendo em ritmo muito forte. A empresa também está reestruturando sua expansão global e considerando novos mercados que demandam grande atenção.