O crescimento das importações de máquinas no Brasil tem sido puxado pela China, que após a queda no ano passado volta a ampliar a distância frente aos concorrentes como principal fornecedor externo de bens de capital.

A China foi responsável por 28,9% de todas as máquinas equipamentos que entraram no Brasil desde o início do ano, bem à frente dos Estados Unidos e da Alemanha, que aparecem na sequência respondendo, respectivamente, por 17,3% e 12,5% do total importado. Há 17 anos, a participação da China era de apenas 6,9%.

Os dados fazem parte do balanço divulgado hoje pela Abimaq, a entidade que representa a indústria nacional de máquinas e equipamentos. No mês passado, as importações, na soma de todas as origens, responderam por 47,2% do total de máquinas vendidas no Brasil, acima dos 39,9% de abril de 2023.

De janeiro a abril, as importações somaram US$ 9,3 bilhões, marcando crescimento de 9,7% em relação aos primeiros quatro meses do ano passado. Diante do avanço dos importados e de um ambiente de queda de 14,2% dos investimentos em máquinas no Brasil, as vendas da indústria brasileira – R$ 75 bilhões em receita líquida no primeiro quadrimestre – recuma 21,2% neste ano. O desempenho também foi prejudicado pelo recuo de 4,8% das exportações do setor, que totalizaram US$ 4,1 bilhões desde o início do ano.